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Duda Beat derruba fachadas e exalta feminilidade com “Tara e tal”

Redação Culturize-se

A música contemporânea muitas vezes tropeça na busca por uma identidade sonora genuína, mas há artistas que destacam-se imediatamente pela diversidade de influências e pela originalidade de sua expressão. Duda Beat é um desses casos, e seu mais recente álbum, “Tara e Tal”, é expressão dessa singularidade musical.

Duda Beat
Foto: Gabriela Schmidt

Numa mescla de maturidade e ousadia, Duda Beat nos brinda com um álbum que funde elementos do passado e do presente, navegando entre referências como dancehall, boombap, lo-fi, EDM e funk eletrônico. São 13 faixas que convidam o ouvinte para uma jornada de reflexões sobre relacionamentos, amor-próprio e feminilidade, tudo embalado por batidas irresistíveis e letras sinceras.

A artista, que já havia se destacado com os álbuns “Sinto Muito” (2018) e “Te Amo Lá Fora” (2021), eleva sua arte a um novo patamar em “Tara e Tal”. Aqui, Duda celebra a dualidade da experiência feminina, desde a vulnerabilidade até o empoderamento, desafiando estereótipos e impondo sua voz num cenário ainda dominado por perspectivas masculinas. Passa por aí a preponderância do desejo e do tesão ao longo do disco.

A influência de figuras como Chico Science e Lúcio Maia é evidente, especialmente na fusão de elementos do manguebeat com a estética eletrônica contemporânea. Colaborações com artistas como Liniker adicionam camadas de profundidade ao trabalho.

Leia também: Duda Beat exala ousadia estética em “Saudade de Você”

“Tara e Tal” é mais do que um simples registro musical; é uma declaração de independência artística e emocional. Duda Beat não apenas supera as expectativas, mas redefine os limites do que é possível na música brasileira contemporânea, desafiando convenções e abrindo caminho para novas formas de expressão. Mesmo imperfeito, é um dos discos mais importantes da música brasileira na década.

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