Redação Culturize-se
O Triller fechou um acordo com uma empresa de serviços financeiros sediada em Hong Kong na tentativa de revitalizar suas perspectivas. A fusão, avaliada em US$ 4 bilhões, visa aproveitar a plataforma de vídeo social do Triller junto com a expertise em gestão de riqueza e fintech da AGBA.
A iniciativa surge enquanto o Triller busca se recuperar de recentes problemas financeiros e se posicionar como um concorrente viável ao TikTok. O popular aplicativo de vídeos curtos, de propriedade da ByteDance, enfrenta escrutínio regulatório, principalmente nos EUA, e disputas de licenciamento, criando uma oportunidade para o Triller conquistar espaço no mercado.
Nos termos da fusão, os acionistas do Triller deterão uma participação de 80% na nova entidade, enquanto os acionistas da AGBA serão proprietários dos 20% restantes. O acordo avalia o Triller em US$ 3,2 bilhões e a AGBA em US$ 800 milhões, refletindo a avaliação pro forma da empresa combinada.
A AGBA, uma empresa de serviços financeiros listada na NASDAQ com sede em Hong Kong, possui uma base substancial de clientes e relatou um forte crescimento de receita nos últimos anos. A fusão com o Triller representa uma aliança estratégica de expertise financeira e criação de conteúdo digital, com o objetivo de reformular os ecossistemas digitais globais.
Bobby Sarnevesht, co-fundador do Triller, assumirá o cargo de CEO na nova empresa formada, apoiado por Bob Diamond como Presidente do Grupo e Wing-Fai Ng, presidente da AGBA, como CEO do Grupo. A fusão representa um marco significativo para o Triller, que começou como uma plataforma de criação de videoclipes antes de expandir para mídias sociais e geração de conteúdo.
Apesar de suas ambições, o Triller enfrentou desafios, incluindo disputas legais sobre licenciamento de música e alegações de inflar números de usuários. A fusão da empresa com a AGBA apresenta uma oportunidade para acessar os mercados de capital público e impulsionar o crescimento em seus diversos segmentos de negócios.
No entanto, permanecem questões sobre as implicações da fusão, especialmente em relação às operações da AGBA em Hong Kong e sua exposição potencial a riscos regulatórios na China. Com as tensões geopolíticas aumentando, o Triller pode enfrentar escrutínio sobre seus laços com uma região sujeita a um controle regulatório crescente.
