Redação Culturize-se
Alberto, o braço direito do chefe de estado, é acordado por uma notícia inesperada: o presidente está morto! Assim se desenrola a trama do romance “O Presidente Morreu”, do escritor Felipe de Caux. Em um país dominado por um governo ditatorial, onde a insatisfação é crescente, mas o poder se mantém firme, Alberto se vê diante de um dilema crucial.

Para evitar o caos na população, Alberto e seu aliado Jeremias precisam agir rápido. Decidem ocultar a morte do presidente enquanto buscam uma solução segura para a transição de poder. O corpo é secretamente escondido, enquanto Alberto busca estabelecer uma posição segura entre os apoiadores, utilizando a imagem do falecido.
A narrativa de Felipe de Caux mergulha os leitores em uma sátira repleta de suspense, humor e realismo fantástico. Os personagens representam uma gama diversa de ideais, conflitos e hipocrisias da sociedade contemporânea. Há defensores dos direitos humanos, apoiadores da ditadura sem conhecimento de seus mecanismos internos, políticos mesquinhos em busca de influência, jovens em busca de lucro fácil e céticos da ciência.
“O Presidente Morreu” aborda temas atuais de forma leve e sarcástica, com diálogos divertidos e descrições profundas das contradições humanas. O autor, além de sua prosa, inclui ilustrações em preto e branco para destacar momentos-chave da trama.
No atual panorama político brasileiro, é uma obra salutar na proposição de diálogos e reflexões. Está alinhada, em termos de proposta narrativa e dramática à recente série da HBO “O Regime”, estrelada por Kate Winslet.
Em um jogo político complexo, os protagonistas precisam se adaptar rapidamente, formar alianças e encontrar vantagens na luta pelo poder. Felipe de Caux oferece uma visão crítica e majoritariamente neutra sobre questões como alienação política, corrupção, desigualdades sociais e desinformação, presentes em todos os estratos da sociedade, independentemente de inclinações ideológicas.