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Maxwell Alexandre passa a ser representado pela galeria Millan

Artista carioca também inaugura pavilhão na Rocinha, que foi sua catapulta para o mundo

Redação Culturize-se

Maxwell Alexandre, um artista que explora o conceito de autorretrato, indo além das categorias e suportes tradicionais das artes visuais, está com representação nova; agora sob os cuidados da galeria Millan.

O artista em seu habitat | Foto: Reprodução/Site oficial

A abordagem artística de Maxwell consiste em uma lógica de citação, apropriação e associação de imagens e símbolos, além do uso de materiais de valor simbólico e biográfico. Essa abordagem culmina na construção de uma mitologia imagética que engloba elementos de religiosidade e militarismo. Ao mesmo tempo, sua obra desafia o estatuto institucional da arte contemporânea e os limites da experiência estética.

Com uma história de vida multifacetada, Maxwell Alexandre foi criado em uma família evangélica e teve experiências como patinador profissional e no serviço militar, elementos que têm um papel fundamental em sua produção artística. Ele se formou em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 2016.

O reconhecimento de seu talento artístico veio com diversos prêmios e participações em residências artísticas. Em 2018, recebeu o Prêmio São Sebastião de Cultura da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na categoria Artes Plásticas, e também participou de uma residência artística na Delfina Foundation, na Inglaterra. Em 2020, ganhou o Prêmio PIPA e fez uma residência artística no Al Maaden Museum of Contemporary African Art (MACAAL), em Marrakech, Marrocos, onde criou uma instalação para a exposição coletiva HAVE YOU SEEN A HORIZON LATELY na mesma instituição. No ano seguinte, foi nomeado artista do ano pelo Deutsche Bank e listado como um dos 35 artistas de vanguarda pelo Artsy.

Em 2023, Maxwell Alexandre inaugurou o 1º Pavilhão com seu nome em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, apresentando a exposição intitulada “Novo Poder: passabilidade”, que recebeu mais de 6 mil visitantes em três meses.

Rocinha & arte

Nascido e criado na Rocinha, o artista inaugurou no último dia 29 seu 2º pavilhão na capital fluminense, que tem a distinção de ser a primeira galeria de arte da comunidade.

No espaço, Maxwell apresenta a série “Entrega: one planet. one health”, que retrata cenas fictícias envolvendo um grupo de estudantes de uma escola pública que trabalham como entregadores de alimentos. Nas pinturas, é mostrada a jornada desses alunos, culminando em uma sequência de eventos perturbadores, onde eles caçam, espancam, esquartejam e devoram um dinossauro verde que é o mascote da Danone.

Essa série foi lançada em junho na renomada instituição Cahiers d’Art, localizada em Paris, França, que também publicará um livro sobre a obra.

Foto: Reprodução/Millan

Cidadão do mundo

Além disso, o artista realizou exposições individuais em importantes instituições brasileiras e estrangeiras. Destacam-se as exposições em 2023 no Cahiers d’Art, em Paris, França, e La Casa Encendida, em Madri, Espanha, bem como no Palais de Tokyo, em Paris, em 2021. Sua individual intitulada “Pardo é Papel” percorreu diversas locações, como The Shed, em Nova York, em 2022; Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, em 2021; galeria David Zwirner, em Londres, Inglaterra, em 2020; e Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro, e Musée d’art contemporain de Lyon, na França, em 2019.

A obra de Maxwell Alexandre está presente em prestigiosas coleções de arte, incluindo a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu de Arte do Rio, o Musée d’art contemporain de Lyon, na França, o Pérez Art Museum, nos EUA, e o Guggenheim Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

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