Redação Culturize-se
O Brasil vive um momento de mudanças no cenário das relações conjugais, conforme indicam dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o país testemunha um aumento significativo no número de divórcios, os casamentos homoafetivos registram uma ascensão notável, revelando nuances e transformações nas dinâmicas familiares contemporâneas.
Em 2022, os divórcios atingiram a marca de 420 mil registros, representando um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. Essa tendência de aumento nos rompimentos conjugais reflete não apenas a realidade brasileira, mas também uma mudança de paradigma nas relações interpessoais e familiares. A idade média dos indivíduos que se divorciam é de 44 anos para homens e 41 anos para mulheres, indicando que o fenômeno atinge casais em diferentes estágios da vida adulta.
Outro dado pertinente é a redução no tempo médio de duração dos casamentos, que passou de 15,9 anos em 2010 para 13,8 anos em 2022.
Por outro lado, os casamentos homoafetivos têm ganhado espaço e visibilidade no Brasil. Em 2022, foram registradas 11 mil uniões entre pessoas do mesmo sexo, representando um aumento de 19,8% em relação ao ano anterior.
Os números também revelam uma predominância de casamentos entre mulheres, com 6.632 uniões em 2022, em comparação com 4.390 entre homens. Esse dado reflete não apenas a representatividade das mulheres no movimento LGBT+, mas também pode indicar uma maior aceitação e visibilidade das relações homoafetivas femininas na sociedade brasileira.
É importante destacar que, assim como nos casamentos heterossexuais, os casais homoafetivos também enfrentam desafios e obstáculos em suas relações, mas o reconhecimento legal e social de suas uniões é um passo significativo rumo à igualdade e à inclusão.