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Brasil lidera ranking global da ansiedade; mulheres são as mais afetadas

Redação Culturize-se

Mulher com ansiedade
Foto: Pexels

Recentes dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que o Brasil ocupa uma posição de destaque, porém preocupante, no que diz respeito aos transtornos de ansiedade. Com uma taxa de 9,3% da população sofrendo com a síndrome, o país assume o primeiro lugar mundial nesse quesito, segundo a OMS. Tal fenômeno é corroborado pelo levantamento do Google Trends, divulgado no fim de 2023, que coloca o termo “ansiedade” como o mais buscado no país, à frente de nações como Angola, Portugal, Moçambique e Estados Unidos.

De acordo com os estudos, as mulheres brasileiras são as mais afetadas por esse cenário preocupante. Uma pesquisa conduzida pela Think Olga, organização não-governamental de inovação social, revelou que 7 em cada 10 diagnósticos de ansiedade e depressão são feitos em mulheres. Esse dado reflete não apenas uma vulnerabilidade específica do gênero feminino, mas também levanta questões sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho.

As mulheres enfrentam uma sobrecarga de demandas tanto no âmbito doméstico quanto profissional, contribuindo assim para o aumento dos casos de ansiedade e depressão. A disparidade salarial entre homens e mulheres, mesmo ocupando os mesmos cargos, também é apontada como um fator estressante que impacta negativamente a saúde mental feminina.

Além dos desafios enfrentados no ambiente de trabalho e em casa, as mulheres brasileiras também estão sujeitas a riscos físicos decorrentes dessa realidade. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou um aumento de 1,6% nos casos de feminicídio em 2023, totalizando quase 1.500 casos. Esses números alarmantes ressaltam a urgência de políticas e ações voltadas para a proteção e o bem-estar das mulheres no Brasil.

A ansiedade, quando não tratada adequadamente, pode desencadear outros transtornos mentais, como a depressão, afetando cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os transtornos de ansiedade assumem diversas formas, desde a ansiedade generalizada até o estresse pós-traumático, cada um com suas características específicas e impactos na vida dos indivíduos. A conscientização e o combate ao estigma em relação aos problemas de saúde mental são passos essenciais para enfrentar esse desafio crescente no Brasil e no mundo.

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