João Gabriel de Almeida*
Ir ao museu sempre foi considerada uma ótima forma de conhecer e apreciar o mundo das artes de forma encantadora e enriquecedora, capaz de fazer com que as pessoas tenham contato com os acontecimentos históricos. No entanto, isso não significa que esse tipo de ambiente precisa ser ultrapassado, pelo contrário, ele deve preservar o conceito da história de modo que instigue o interesse das novas gerações a fazer esse tipo de passeio e continuar passando esse hábito para as próximas gerações.
A reinauguração do Museu do Ipiranga, em São Paulo, ocorrida na data em que a Independência do Brasil completou 200 anos pelo fato de estar localizado onde aconteceu o “grito da Independência”, é um dos exemplos mais atuais sobre a importância deste tipo de local para os valores culturais da sociedade. O patrimônio também reforça a importância de preservar a história, mas ao mesmo tempo restaurar o espaço e colocar renovações sucintas com o intuito de tornar o ambiente mais agradável aos visitantes.
Recentemente, esses ambientes têm passado por mudanças a fim de tornar o espaço mais moderno por meio da inserção de tecnologias que aprimoram a experiência do visitante. As novas técnicas têm sido cada vez mais inovadoras, sensoriais e imersivas, ao mesmo tempo que procuram manter a tradição de visitas a esses tipos de locais. Algumas delas são:
Sonorização setorizada: setorizar o som dos museus faz que o visitante experimente a imersão na exposição por onde passa, tornando a experiência mais profunda de um modo capaz de capturar a atenção das pessoas por meio da audição;
Experiências sensoriais: os videowalls interativos promovem educação e cultura baseadas em experiências sensoriais por meio de diferentes monitores que, integrados, formam uma imagem única ou um conjunto personalizado conforme a programação do conteúdo;
Realidade aumentada com tridimensionalismo: tecnologias que podem ser utilizadas nas telas de museus por meio de óculos com recursos 3D que possibilitam “reconstituir” algo que foi perdido ao longo do tempo, como uma obra de arte. O conteúdo transmitido por meio dessas ferramentas têm potencial para fazer que o visitante se sinta dentro da história, ou seja, uma experiência totalmente imersiva;
Projeção mapeada interativa: também chamada de video mapping, proporciona interação do visitante com o que é transmitido, seja movimentando alguma peça ou realizando outra ação;
Guia virtual: é uma interessante ferramenta quando pensamos em proporcionar um atendimento mais dinâmico e autêntico, tendo em vista de que um guia pode não conseguir atender todos os visitantes ao mesmo tempo. Também é possível utilizar recursos tecnológicos, como vídeos ou QR codes para orientá-los em cada fase do seu passeio.
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Além de todos esses atrativos, os centros históricos podem utilizar soluções de automação de ambientes para integrar sistemas de iluminação, ar-condicionado, projetores e sistemas de áudio e vídeo, para que se tenha melhor gerenciamento de recursos e de tempo.
Portanto, modernizar a experiência dos museus agrega em relação ao tipo de público que frequenta esses locais, garantindo-lhes uma experiência imersiva e diferenciada para o visitante, mantendo o local atraente para as gerações mais novas que utilizam a tecnologia em sua rotina. Além disso, propicia economia de recursos após a implementação de soluções de automação.
*João Gabriel de Almeida é vice-presidente para governo da Seal Telecom