Terapia criativa suscita a arte como caminho para o bem-estar

Redação Culturize-se

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Foto: Pexels

No cenário atual, marcado pela hiperconectividade digital e ritmo acelerado, a busca por práticas que promovam o equilíbrio entre corpo e mente tem se tornado cada vez mais relevante. Nesse contexto, a terapia criativa emerge como uma abordagem terapêutica abrangente, que utiliza diferentes formas de expressão artística para promover o bem-estar emocional, psicológico e social. Entre suas diversas manifestações, a arte com papel destaca-se como uma prática acessível e transformadora.

A terapia criativa fundamenta-se no princípio de que o processo criativo, mais do que o resultado final, possui um poder transformador na vida das pessoas. Esta abordagem integra diferentes modalidades, como arteterapia, musicoterapia, dramaterapia, dança e escrita terapêutica, cada uma oferecendo um caminho único para o autoconhecimento e a expressão emocional. Dentro desse espectro, a arte com papel apresenta-se como uma forma particularmente democrática de terapia criativa, não exigindo habilidades específicas ou conhecimentos prévios.

Como destaca Léa Tande, especialista em arte com papel e autoconhecimento, esta prática funciona como “um convite para o presente”, permitindo que as pessoas se desconectem do mundo digital e encontrem um espaço de contemplação e autocuidado. Os benefícios são múltiplos e atingem tanto aspectos físicos quanto emocionais. No campo físico, a manipulação do papel através de dobraduras, recortes e colagens estimula a coordenação motora fina, beneficiando desde crianças em desenvolvimento até idosos que desejam manter suas habilidades motoras.

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No âmbito emocional, a arte com papel atua como uma poderosa ferramenta de autoconhecimento e redução do estresse. Estudos indicam que atividades criativas podem diminuir os níveis de cortisol e aumentar a produção de endorfina, proporcionando sensações de prazer e relaxamento. Esta prática oferece um espaço seguro para a expressão de emoções que, muitas vezes, permanecem ocultas na correria do dia a dia.

Uma característica notável tanto da terapia criativa quanto da arte com papel é sua universalidade. Estas práticas transcendem barreiras de idade e gênero, sendo acessíveis a qualquer pessoa interessada em explorar sua criatividade e buscar bem-estar. Como ressalta Léa Tande, “não é necessário ser habilidoso para começar. Basta querer experimentar”.

É importante ressaltar que, embora estas práticas ofereçam benefícios significativos para a saúde mental e emocional, elas não substituem o acompanhamento profissional quando necessário. No entanto, podem atuar como valiosos complementos no processo terapêutico, especialmente em casos onde há dificuldade na expressão verbal de sentimentos e emoções.

Começar é simples e requer apenas materiais básicos como papel, tesoura e cola. O mais importante, como enfatiza Léa, é permitir-se vivenciar o momento, respirar e deixar que as mãos e o coração conduzam o processo criativo. Em um mundo cada vez mais digitalizado, estas práticas oferecem um caminho de reconexão com nossa essência criativa e emocional.

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