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“Corpo Presente” traz olhar artístico e político sobre o corpo humano

Reinaldo Glioche

Foto: Divulgação

A Embaúba Filmes estreia em 28 de novembro o documentário “Corpo Presente”, dirigido por Leonardo Barcelos. A produção se destaca pela abordagem original ao explorar as múltiplas formas de interpretar o corpo humano, introduzindo o espectador a um vocabulário visual singular. Embora a matéria física seja o tema central, o filme transcende essa perspectiva ao abordar identidade, cultura e sociedade.

Barcelos propõe uma reflexão ampla, analisando o corpo humano não apenas como carne, mas como uma expressão individual, artística e política que interage continuamente com o espaço e com o outro. Para isso, o documentário reúne depoimentos de figuras renomadas, como o ativista Ailton Krenak e a parlamentar Erika Hilton, entre outros artistas e teóricos. Essas vozes dialogam com a narrativa de uma protagonista fictícia, cuja jornada pessoal serve como fio condutor para explorar questões universais sobre a existência física e simbólica no mundo.

“O documentário aborda um tema atual, relevante e, de certa forma, urgente. A sociedade precisa participar e se engajar no debate sobre o corpo, o que ele significa e o que será no futuro”, afirma o cineasta.

Trilogia do Corpo

Parte de um projeto maior, denominado Trilogia do Corpo, o filme combina performances artísticas e reflexões profundas para criar uma experiência estética que ultrapassa o simples visual. Barcelos apresenta um corpo que é, ao mesmo tempo, arte e objeto de investigação, tornando o documentário um espaço para questionar e reinterpretar nossa relação com a matéria e os sentidos.

A protagonista fictícia do filme conduz o espectador em uma jornada autobiográfica que é, ao mesmo tempo, pessoal e universal. Em uma espécie de diário íntimo escrito na pele, ela registra sensações e reflexões, conectando sua vivência a histórias e experiências de outros corpos que compõem o cenário contemporâneo.

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Esses corpos, apresentados como políticos e criativos, sinalizam novas formas de existir no mundo. Cada relato traduz a complexidade da sociedade atual, abordando questões como diversidade, pertencimento e transformação. Assim, “Corpo Presente” vai além de uma análise formal, propondo um debate sobre o significado do corpo e suas possibilidades no presente e no futuro.

Arte como ferramenta de transformação

A obra, experimental por natureza, utiliza a arte como vetor principal. Barcelos constrói uma narrativa sensorial que busca engajar o público em todos os sentidos, inclusive o tato, desafiando as convenções do documentário tradicional. A pesquisa, extensa e multifacetada, reflete a ambição do diretor em criar um filme que é, simultaneamente, reflexão crítica e experiência estética.

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