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A coqueluche Halsey

Cantora americana Halsey é uma das atrações do GPWeek, festival que acontece no final de semana do Grande Prêmio de Interlagos de Fórmula 1, e volta ao Brasil como uma artista mais completa e madura

Redação Culturize-se

Desde sua segunda vez no Brasil, em 2019, Halsey lançou mais dois discos, publicou um livro, estrelou videoclipes conceituais e gravou um filme, o terror “MaXXXine”, que estreia em 2024. São indicativos não apenas de versatilidade, como de inquietação. Além de ser uma das cantoras mais talentosas dessa geração que está beijando os 30 anos e faz fronteira entre os millenials e a geração Z, Halsey tem ambição e capacidade de mobilização.

Halsey
Foto: Reprodução/Instagram

Seu álbum de estreia, “Badlands”, foi lançado em 2015 e foi um sucesso comercial, alcançando a posição número dois na Billboard 200 dos Estados Unidos. Seu segundo álbum, “Hopeless Fountain Kingdom”, foi lançado em 2017 e foi ainda mais bem-sucedido, alcançando a posição número um na Billboard 200. Seu terceiro álbum, “Manic”, foi lançado em 2020 e foi elogiado pela crítica por sua honestidade e vulnerabilidade. Em 2021, Halsey quebrou o recorde de mais streams em um dia no Spotify com sua música “I am not a woman, I’m a god”. A música teve mais de 10 milhões de streams no dia do lançamento.

Essa escalada ganha ainda mais preponderância em virtude das bandeiras de Halsey. Ela é uma defensora vocal de causas como saúde mental, direitos LGBTQ+ e igualdade racial e suas letras – incrivelmente pessoais – buscam sempre um ponto de conexão com esses temas.

A amplitude da arte de Halsey ficou ainda maior em 2020 com o lançamento do livro “I Would Leave Me If I Could: A Collection of Poetry”, uma coleção de poemas que exploram temas como amor, perda, solidão, resiliência, esperança, entre outros. Os poemas são escritos em primeira pessoa e são um relato honesto da vida de Halsey, que, como em suas músicas, vulnerabiliza-se com esmero e generosidade.

O livro foi elogiado pela crítica. O The New York Times chamou o livro de “um retrato poderoso e íntimo de uma artista em ascensão”. O The Washington Post disse que o livro é “um relato comovente e honesto de uma vida vivida com intensidade”. Naquele ano, a revista Time a listou como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo.

Leia também: A volta dos Rolling Stones e a briga pelo posto de maior banda de todos os tempos

God is a woman!

Em seu disco mais recente, e cuja turnê a traz de volta ao Brasil, “If I Can´t Have Love, I Want Power” (2021), ela aborda todos os temas que lhe são caros sob uma ótica de feminismo pulsante. Um apuro estético que ajuda a dimensionar o salto de maturidade em relação a “Badlands”.

As músicas continuam cativantes, algumas delas deliciosamente chicletes, mas muito mais sofisticadas em termos de qualidade de composição e arranjos sonoros.

Esses fatores tangenciam uma artista que construiu uma base de fãs fiel e barulhenta, mas que desperta cada vez mais o interesse da crítica, bem como incide em outros campos da arte, refinando um talento surpreendentemente ainda bruto.

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