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Jardim de Esculturas do MAM São Paulo apresenta novas obras

Redação Culturize-se

Jardim de Esculturas no MAM
“Ambiente Penetrável”, da série “Horizontes” (2010) | Foto: Marina Paixão

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) inaugura cinco novas obras no seu Jardim de Esculturas no próximo sábado (26). Estas adições marcam o 30º aniversário deste espaço e refletem uma abordagem curatorial que visa tornar a programação do Jardim mais dinâmica.

“Essas novas ativações fazem parte de um pensamento curatorial que busca ampliar a compreensão do Jardim de Esculturas como um local de convivência e descobertas. O objetivo é manter o jardim como um espaço vivo, sempre em movimento, com a presença de obras temporárias e em diálogo com as do acervo. O deslocamento e a reorganização de algumas esculturas que estão em exibição há mais tempo buscam dar mais visibilidade ao conjunto”, afirma Cauê Alves, curador-chefe do MAM.

No que diz respeito às ativações no Jardim, a instalação “Ambiente penetrável”, parte da série “Horizontes” (2010) de Amelia Toledo, passa a integrar o acervo permanente do MAM. Essa obra se junta às outras 26 já expostas permanentemente ao ar livre no Jardim de Esculturas.

O projeto de comissionamento, no qual a curadoria convida artistas a criar obras efêmeras para o Jardim, traz na sua segunda edição obras inéditas dos artistas Alexandre Brandão, DetanicoLain e Raphael Escobar.

As novidades

Alexandre Brandão apresenta “Penca” (2023), uma obra que reúne seis esculturas com aparência de grandes cachos de palmeiras caídos no chão, que também fazem referência à anatomia de animais. A obra propõe uma zona intermediária entre o natural e o artificial, o vegetal e o animal.

Raphael Escobar apresenta “Os bodes adoram brincar” (2023), uma instalação que consiste em um jardim formado por plantas usadas como matérias-primas para a fabricação de insumos legalizados no Brasil, como café, açúcar, cevada e tabaco. A obra faz parte de uma pesquisa do artista sobre a relação de legalidade e ilegalidade de substâncias e alimentos consumidos no mundo e propõe uma reflexão coletiva.

“Penca” | Foto: Estúdio em Obra

DetanicoLain, a dupla de artistas formada por Angela Detanico e Rafael Lain, ocupa partes da fachada do MAM com a obra “Marquise” (2023), que se assemelha a uma reinvenção da escrita e apresenta um mapa tipográfico dividido em 26 partes, cada uma associada a uma letra do alfabeto brasileiro.

Além disso, a obra “BBB” (1993) de Frida Baranek, que trata de temas como tempo, espaço e resistência dos materiais, também está em exibição temporária. A artista usa materiais da indústria para criar obras que aparentam flutuar, mesmo que os elementos explorados sejam pesados.

O Jardim de Esculturas foi inaugurado pelo MAM em 1993, com projeto de paisagismo de Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono. Destinado à exibição de obras do acervo do Museu em longo prazo, o espaço tem livre acesso e é de enorme circulação.

A nova abordagem curatorial busca preservar e conservar as obras, dada a interação espontânea dos visitantes com o Jardim de Esculturas, que, embora lúdica, pode danificar as obras e impedir que as próximas gerações as conheçam.

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