Base Exchange, a bolsa de valores carioca, define parâmetros para operação que começa em 2025

Redação Culturize-se

A Base Exchange, nova bolsa de valores brasileira, está prevista para iniciar suas operações no segundo semestre de 2025, marcando um importante capítulo no mercado de capitais do País. Sediada no moderno Flamengo Tower, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a bolsa é controlada pelo Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos. Com o objetivo de tornar-se a maior referência mundial em investimentos verdes, a Base Exchange é vista como um passo estratégico para diversificar e dinamizar o setor financeiro brasileiro.

Foto: Reprodução/Alluguel

A inspiração para a Base Exchange vem da Bolsa de Toronto, líder global em empresas de mineração, mas com foco adaptado às demandas ambientais e de sustentabilidade. Os chamados investimentos verdes, que fomentam a economia sustentável sem abrir mão de retornos financeiros significativos, são o principal pilar dessa iniciativa. A nova bolsa promete oferecer serviços como negociação de ações à vista, cotas de fundos e aluguel de ações, ampliando as oportunidades tanto para investidores quanto para empresas que buscam financiamento no mercado de capitais.

Um novo polo financeiro no Flamengo

A escolha do Flamengo Tower para abrigar a sede da Bolsa carioca reflete uma visão estratégica. O edifício classe A, inaugurado em 2014, oferece infraestrutura de ponta, localização privilegiada e proximidade com importantes vias de transporte e o metrô Largo do Machado. Apesar de inicialmente sediada no Flamengo, a Base Exchange planeja, a longo prazo, transferir suas operações para o Centro do Rio, possivelmente para o histórico Edifício Mesbla. Essa mudança busca ampliar o impacto econômico e atrair ainda mais investidores ao Rio de Janeiro.

Concorrência e inovação

A entrada da Base Exchange promete acirrar a concorrência com a B3, principal bolsa de valores do Brasil, localizada em São Paulo. A B3 tem papel consolidado no mercado financeiro brasileiro, mas a Base Exchange busca diferenciar-se ao atrair investidores com foco em sustentabilidade e promover eficiência, inovação e redução de custos operacionais. A iniciativa rompe com o cenário atual, no qual Brasil e Espanha são os únicos países do G20 com uma única bolsa de valores.

Em resposta às críticas, especialmente de São Paulo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou a importância da diversificação financeira e celebrou a chegada da Base Exchange como um impulso à economia carioca. Por sua vez, o prefeito paulistano, Ricardo Nunes, reforçou a relevância de São Paulo como centro econômico do país, considerando desnecessária a criação de outra bolsa.

Em fase de testes regulatórios junto à CVM e ao Banco Central, a Base Exchange está focada em firmar parcerias estratégicas para garantir liquidez e governança no início das operações. Recentemente, roadshows no Brasil e nos EUA buscaram atrair investidores globais, reforçando o potencial da bolsa em se tornar um marco para o mercado financeiro nacional.

Com a missão de liderar os investimentos verdes e oferecer alternativas inovadoras à B3, a Base Exchange representa um avanço significativo, que poderá redefinir o mercado de capitais brasileiro, beneficiando investidores, empresas e a economia como um todo.

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