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“Ainda Estou Aqui” é escolhido do Brasil para tentar o Oscar em 2025

Reinaldo Glioche

Foto: Divulgação

A escolha era óbvia desde a estreia em Veneza e reforçada por componentes afetivos como a reunião de Fernanda Montenegro e Walter Salles e nesta segunda (23), a Academia Brasileira de Cinema confirmou a escolha de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Filme Internacional no Oscar 2025.

A crítica americana adorou o filme, o que ajuda em sua visibilidade para os votantes, e inclusive especula o longa em outras categorias, como Melhor Atriz para Fernanda Torres. O longa é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, de 2015. No filme, Torres interpreta Eunice Paiva, mãe do escritor (Montenegro, mãe da atriz, faz participação como a personagem mais velha).

A obra conta a história de Eunice, que estudou Direito e se reinventou como uma das mais importantes ativistas dos Direitos Humanos no Brasil depois do assassinato de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar em 1971.

A produção estreia em 7 de novembro nos cinemas brasileiros, mas será exibido antes na Mostra Internacional de São Paulo.

Quais são as chances de “Ainda Estou Aqui” no Oscar?

A Academia Brasileira de Cinema fez uma escolha óbvia, mas com lastro. Apostou no histórico recente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood de voltar-se para os festivais de cinema europeus para eleger os principais concorrentes do Oscar e também considerou o fato de que o filme foi muito bem recebido nas rodas mais relevantes desse universo com críticas elogiosas nos principais veículos americanos e com os atores e Walter Salles confraternizando com gente do quilate de Julianne Moore e Pedro Almodóvar.

A campanha para o Oscar, de certa forma, começou antes mesmo da confirmação oficial de que o longa seria o representante brasileiro. Com a escolha de “Ainda Estou Aqui”, o Brasil evita fazer como a França que no ano passado preteriu “Anatomia de uma Queda”, que amealhou indicações em categorias nobres, e acabou de fora da categoria de Filme Internacional, já que sua escolha (“O Sabor da Vida”) não foi indicado.

A exemplo dos últimos anos, o escolhido brasileiro tem bons predicados artísticos e boas perspectivas marqueteiras. A ver como se alinham as outras candidaturas, mas o futuro para “Ainda Estou Aqui” parece bem promissor.

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