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Pressões sobre juventude urbana movem thriller brasileiro “Meu Casulo de Drywall”

Reinaldo Glioche

Caco Ciocler em cena de "Meu Casulo de Drywall"

A cineasta Caroline Fioratti lança seu mais novo longa-metragem, “Meu Casulo de Drywall”, que chega aos cinemas brasileiros em 12 de setembro, com distribuição da Gullane+. O filme, um thriller social que explora as complexidades da adolescência e o fenômeno da “condominização” nas grandes cidades, é o resultado de uma década de trabalho da diretora e roteirista.

A trama se desenrola em 24 horas, centrando-se na festa de aniversário de 17 anos de Virgínia (interpretada por Bella Piero) em uma cobertura de condomínio. O que começa como uma celebração logo revela tensões subjacentes, culminando em uma tragédia que abala a comunidade do prédio.

O elenco conta com nomes como Maria Luísa Mendonça, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho e uma participação especial de Caco Ciocler. Fioratti explora temas como saúde mental, luto e o isolamento característico da vida urbana contemporânea.

“Eu tento refletir sobre o conceito de proteção, sobre os muros reais e simbólicos. Será que estamos protegidos ou criando prisões?”, questiona a diretora no material cedido à imprensa. Ela acrescenta que o filme é “um grito silencioso, principalmente da juventude, que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para voar além dos muros”.

Fioratti cita influências de cineastas como Sofia Coppola, Gus Van Sant e Larry Clark, destacando obras que abordam a adolescência de forma honesta e compassiva. A diretora espera que “Meu Casulo de Drywall” provoque diálogos sobre questões como saúde mental e o “adoecimento contemporâneo”.

Fotos: Divulgação

O filme, que teve sua estreia mundial no festival SXSW em 2023, reflete não apenas as experiências pessoais de Fioratti, mas também as mudanças geracionais que ocorreram durante seu longo processo de desenvolvimento. “Apesar de cada pessoa ter seu caminho individual de metamorfose, a dor pode ser compartilhada, e o processo de escuta, empatia e consciência é uma forma de fortalecimento”, conclui a cineasta.

Com “Meu Casulo de Drywall“, Caroline Fioratti oferece um olhar introspectivo e crítico sobre a juventude brasileira urbana, convidando o público a refletir sobre as pressões e ansiedades que moldam a experiência adolescente contemporânea.

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