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Boom de museus na China enseja novo equilíbrio de forças no universo das exposições

Redação Culturize-se

O Museu de Guangdong | Foto: Reprodução/Wikipedia

Nos últimos anos, a China tem se destacado no cenário global de museus, não apenas pela construção de novas instituições, mas também pela inclusão de alguns de seus principais museus entre os mais visitados do mundo. Em 2023, sete dos 20 museus mais visitados do planeta foram chineses: o Museu Nacional da China, o Museu de Ciência e Tecnologia da China, o Museu de Nanquim, o Museu de Suzhou, o Museu de Hunan, o Museu Provincial de Hubei e o Museu de Guangdong.

Esse fenômeno reflete um esforço coordenado por parte do governo chinês para promover a cultura e o patrimônio nacional, ao mesmo tempo em que posiciona o país como um importante polo de turismo cultural.

O crescimento do número de museus na China tem sido impressionante. De acordo com dados do Conselho de Estado Chinês, o país contava com cerca de 5.000 museus em 2012. Em pouco mais de uma década, esse número ultrapassou os 6.000. Esse boom é resultado de uma série de políticas públicas que incentivaram a construção de novas instituições culturais em diferentes regiões do país, tanto nas grandes metrópoles quanto em cidades menores.

Zhang Peng, professor associado da Universidade Normal de Nanquim, disse ao Global Times que os museus chineses garantiram um lugar na primeira fila entre os 20 museus mais visitados do mundo graças a uma combinação dos pontos fortes inerentes dos museus, apoio governamental, avanços e aplicações tecnológicas e cooperação internacional. A forte herança cultural e as ricas coleções históricas da China desempenham um papel crucial na atração de visitantes, disse Zhang, acrescentando que a ênfase do governo chinês no desenvolvimento cultural e na construção de museus, apoiada por políticas e financiamento, melhorou significativamente os serviços de museus e a experiência do visitante.

Impacto global

O boom dos museus na China representa uma mudança significativa no panorama global das exposições. Esse movimento está redesenhando o mapa do turismo cultural, atraindo visitantes internacionais e fortalecendo o soft power chinês.

Museu Nacional da China
O Museu Nacional da China | Foto: Freepik

A ascensão dos museus chineses entre os mais visitados do mundo também aponta para uma crescente valorização do patrimônio cultural do país, ao mesmo tempo em que sinaliza um desejo de dialogar com outras culturas. Exposições temporárias de coleções internacionais têm se tornado cada vez mais comuns na China, assim como a participação de museus chineses em intercâmbios culturais globais.

Para o universo das exposições, esse cenário traz novos desafios e oportunidades. Os museus em outras partes do mundo precisam repensar suas estratégias para atrair o público, que agora tem uma oferta global mais diversificada. Além disso, a inovação tecnológica nas exposições chinesas pode servir de modelo para outras instituições que buscam se modernizar e oferecer experiências mais imersivas.

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