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China perde relevância para Hollywood

Reinaldo Glioche

Cailee Spaeny em cena de "Alien: Romulus"
Cena de “Alien: Romulus”, único filme americano a liderar as bilheterias chinesas em 2024 | Foto: Divulgação

No verão americano de 2024, as bilheterias globais prosperaram com sucessos como “Divertida Mente 2” da Pixar e “Deadpool & Wolverine” da Marvel, ambos arrecadando mais de US$ 1 bilhão. No entanto, a história na China foi diferente, com as vendas de ingressos de junho a agosto caindo pela metade em comparação com o ano passado. Desde meados dos anos 90, Hollywood dependia da China para crescer, mas nos últimos anos, os reguladores chineses restringiram o acesso, alegando que a maioria dos filmes americanos não se alinha aos valores do Partido Comunista.

Essa tendência, juntamente com a crescente qualidade dos filmes chineses, reduziu significativamente a participação de mercado dos filmes dos EUA na China. Por exemplo, enquanto “Deadpool & Wolverine” liderou as bilheterias globalmente, na China ficou apenas em segundo lugar, atrás da comédia local “Successor”. Atualmente, mais de 80% da receita das bilheterias da China vem de filmes produzidos internamente.

Essa mudança marca um forte contraste com a década anterior, em que co-produções e acordos de Hollywood aumentaram a presença dos filmes americanos na China. Filmes como “Transformers – A Era da Extinção” (2014), “Megatubarão” (2018) e “Arranha-Céu – Coragem sem Limite” (2018) são alguns exemplos. Hoje, os estúdios não contam mais com a China para receita durante o processo de aprovação, tratando qualquer ganho do país como um bônus. Apesar desses desafios, alguns filmes dos EUA como “Divertida Mente 2” e “Guardiões da Galáxia Vol. 3” tiveram bom desempenho, e “Alien: Romulus” recentemente liderou as bilheterias chinesas. Empresas como a Imax se adaptaram ao focar mais no conteúdo local, esperando um equilíbrio entre filmes de Hollywood e chineses no futuro.

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