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Fotografia afetuosa de Stefania Bril ganha relevo em mostra no IMS Paulista

Redação Culturize-se

Sucrilhos (Dany Brulhart e Jacqueline Bril), Campos do Jordão Foto: Acervo IMS/ Arquivo Stefania Bril

A partir de 27 de agosto, o IMS Paulista apresenta a mostra “Stefania Bril: desobediência pelo afeto”, uma homenagem à fotógrafa, crítica e curadora Stefania Bril (1922-1992). Nascida na Polônia e sobrevivente do Holocausto, Stefania migrou para o Brasil em 1950 e tornou-se uma figura central no cenário fotográfico paulistano a partir da década de 1970. A exposição, que ocorre até janeiro de 2025, exibe cerca de 160 fotografias, muitas inéditas, destacando a visão crítica e poética de Stefania sobre as metrópoles e seus habitantes. A mostra também inclui vídeos, documentos e retratos que evidenciam sua importância na institucionalização da fotografia no Brasil.

A exposição, com curadoria de Ileana Pradilla Ceron e Miguel Del Castillo, ressalta como Stefania capturava a vida cotidiana, especialmente cenas lúdicas e momentos de afeto, muitas vezes ignorados pela fotografia tradicional. A abertura da mostra contará com uma conversa entre os curadores e figuras que trabalharam com Stefania, abordando seu impacto em um ambiente antidemocrático e predominantemente masculino.

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Além das fotografias, a mostra inclui documentos que revelam o papel de Stefania na crítica e curadoria fotográfica, destacando seu pioneirismo como a primeira crítica de fotografia na imprensa brasileira. Ela organizou os primeiros festivais de fotografia no Brasil e foi responsável pela criação da Casa da Fotografia Fuji em São Paulo.

O catálogo da exposição, que será lançado na abertura, oferece uma visão abrangente da obra de Stefania, reunindo suas fotografias e escritos críticos. A mostra busca corrigir a falta de reconhecimento de sua obra, reafirmando sua importância na cultura visual brasileira.

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