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“TRAGO” é tecelagem musical que expressa riqueza da música brasileira

Redação Culturize-se

Foto: Shupikov

Resultado da colaboração de quatro artistas multimidiáticos de São Paulo – Tulipa Ruiz, Rica Amabis, Alexandre Orion e Gustavo Rui – “TRAGO” é um projeto inovador que combina imagem, som e realidade aumentada. O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming.

“TRAGO” surgiu da junção das iniciais dos quatro colaboradores, encapsulando um processo criativo de apenas três meses. Tulipa Ruiz encontrou inspiração nos sons que capturava em vídeos pela cidade, os quais compartilhava em suas redes sociais. Esses sons, ao serem tocados em loop, revelaram um potencial rítmico que Rica Amabis transformou em programações e samples. Orion adicionou beats de sua MPC e Gustavo contribuiu com baixos e guitarras. Com essas bases prontas, Tulipa desenvolveu melodias e letras, inspirando-se em seus desenhos pessoais e transformando-os em personagens musicalizados.

“Para mim, o ‘TRAGO’ é um processo de tecelagem que faço com meus amigos artesãos da imagem e do som”, descreve Tulipa Ruiz, destacando a natureza colaborativa e artesanal do projeto.

Por dentro do disco

Das oito faixas do álbum, três foram lançadas como singles, sendo “Porvir” a primeira, disponibilizada em fevereiro com um videoclipe no YouTube. “Sou eu que vou trabalhar” destaca a poesia do cotidiano urbano, inspirada na música “Bonde de São Januário” de Wilson Batista e consagrada por Ataulfo Alves. Já “Dolores Prestes A Levitar” retrata uma personagem etérea e livre, inspirada em um desenho de Tulipa e na manchete sobre o padre que voou com balões no Paraná, há 16 anos.

Outras faixas, como “Sisudo, Parrudo e Elegante”, “Chorume” e “Espiritualizaderrima”, tiveram origem no projeto Palavras Cruzadas de 2012, que uniu músicos, poetas e artistas visuais em performances inéditas. Gustavo Ruiz descreve “TRAGO” como “um encontro entre artistas multimídia que se admiram”.

Um destaque especial é “Fumante Padrão”, que conta com a participação luxuosa de João Donato no piano elétrico, gravado no estúdio do ícone da MPB em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, em 2017. Brian Jackson, flautista e produtor norte-americano, foi convidado para tocar teclados na faixa-título “Trago”, onde a prosa e o rap de Rodrigo Brandão agregam um toque profundo e reflexivo à obra.

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