Redação Culturize-se
Nascida em uma família humilde no interior de Pernambuco, Maiza Van Bommel é um exemplo vivo de como a determinação pode transformar vidas. Sua trajetória, marcada por desafios e uma paixão fervorosa pela arte, é um testemunho de resiliência e autodescoberta.
Aos 17 anos, diante da perspectiva de um diagnóstico de câncer, Maiza teve um despertar abrupto para a vida. A incerteza do futuro tornou-se o impulso para uma promessa pessoal: viver intensamente, explorando todas as oportunidades que surgissem. Superada a cirurgia, com resultados positivos, ela abraçou a arte como uma forma de expressão, descobrindo no desenho uma maneira de dar voz aos seus sentimentos mais profundos.
Determinada a seguir seus sonhos, Maiza partiu para São Paulo aos 18 anos, com o objetivo de se tornar estilista. No entanto, a vida a levou por um caminho diferente. Com recursos limitados, encontrou trabalho na Galeria do Rock, onde teve seu primeiro contato com o mundo das tatuagens, uma descoberta que mudaria seu destino para sempre. Autodidata e incansável, ela dominou a arte da tatuagem, transformando-a em sua vocação.
Após alguns anos, Maiza decidiu embarcar em uma Eurotrip com amigos, que acabou se transformando em mais uma mudança estrutural em sua vida. “Eu decidi que não iria voltar, que queria ficar lá para aprender inglês e melhorar ainda mais a minha arte. Foi quando eu descobri que eu nasci para viver no mundo”, afirma Maiza.
Tatuagens e poesias
O estilo da artista é único e profundamente pessoal. Inspirada por poesias, suas tatuagens são mais do que simples desenhos na pele; são expressões de sentimentos, momentos e reflexões capturadas em tinta. Sua arte reflete uma conexão íntima com as emoções humanas, traduzindo palavras em imagens que tocam a alma.
Essa liberdade artística se estende à escolha de seus clientes. Com uma forte presença no Instagram, ela conquistou uma base de seguidores predominantemente europeia e norte-americana, garantindo reconhecimento internacional e estabilidade financeira para viver sua vida nômade.
Maiza escolhe destinos que a inspiram, seja em cidades movimentadas ou em refúgios isolados nas montanhas. Sua rotina é dividida entre tatuar seus seguidores, que buscam suas habilidades para eternizar parte de suas histórias na pele, e períodos de reclusão, onde se reconecta com a natureza em busca de novas inspirações para suas obras futuras.