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O périplo da Warner Bros. Discovery pelo lucro no streaming

Reinaldo Glioche

Lançado há uma semana no Brasil, a MAX, plataforma da Warner Bros. Discovery que agrega os conteúdos da HBO MAX e do Discovery+, está sob forte pressão, não só em sua chegada na América Latina, como dentro do portfólio de negócios da Warner.

MAX (4)
Foto: Reprodução/Internet

Em 2017, a HBO relatou um lucro de U$2.2 bilhões e tinha 54 milhões de assinantes apenas nos EUA, de acordo com levantamento da Bloomberg. No ano passado, o negócio direto ao consumidor da Warner Bros. Discovery, que engloba todas as plataformas de streaming, além de HBO e CNN, teve um lucro de U$103 milhões e 52 milhões de assinantes nos EUA.

Nos últimos anos, a Warner Bros, sob o jugo da AT&T ou já como nova empresa fundida à Discovery, gastou bilhões em programação e marketing, além de lançar diferentes plataformas de streaming, apenas para ter menos assinantes no principal mercado em que atua do que tinha em 2017.

Existe um cálculo, claro, que muitos estão deixando de assinar a HBO para assinar a MAX, mas mesmo assim o resultado é deficitário.

Desde que assumiu como CEO, David Zaslav vem promovendo o tal choque de gestão cortando despesas, do marketing ao pessoal, passando pelo cancelamento de filmes prontos, além de voltar a licenciar conteúdo para rivais. Até séries clássicas da HBO como “Sex and the City” e “True Blood” foram parar no catálogo da Netflix.

A estratégia estancou a sangria, mas o caminho para a lucratividade ainda é longo e passa pela MAX ser capaz de atrair assinantes tanto quanto retê-los, algo que o catálogo e o preço, principalmente em sua versão brasileira, não parece capaz de fazer em meio a um cenário extremamente competitivo.

É neste cenário que devem ser analisadas as conversas de fusão (com a Paramount) ou venda de partes da operação (a CNN), porque no momento parece ser impensável sair do mercado de streaming, mas no ritmo atual da MAX é o destino da Warner Bros. Discovery em um intervalo de até três anos.

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