Redação Culturize-se
Cruzar os dedos para atrair boa sorte pessoalmente ou como uma demonstração de solidariedade esperançosa de que as coisas deem certo para alguém é um gesto amplamente reconhecido. O ato de cruzar os dedos tem uma longa história e, originalmente, não era uma ação solitária.
Existem duas teorias principais sobre as origens do ato de cruzar os dedos para dar sorte. A primeira provém de uma crença pagã pré-cristã no poderoso simbolismo de uma cruz. A interseção era considerada um concentrado de boas energias e servia para ancorar um desejo até que ele se realizasse.
A prática de fazer pedidos diante de uma cruz nas culturas europeias primitivas evoluiu para uma tradição em que uma pessoa cruzava seu indicador sobre o de outra pessoa para expressar a esperança de que um desejo se concretizasse. Com o tempo, aqueles que faziam pedidos perceberam que poderiam fazer isso sozinhos e transmitir o benefício de fazer uma cruz para apoiar seus desejos sem a participação de outra pessoa. Inicialmente, isso se manifestou na forma de uma pessoa cruzando seus dois dedos indicadores. Eventualmente, esse gesto se transformou na prática de um só que ainda usamos hoje.
A explicação alternativa também remonta aos primeiros dias do cristianismo, quando os praticantes eram frequentemente perseguidos por suas crenças. Para reconhecer seus companheiros cristãos, as pessoas desenvolveram uma série de gestos com as mãos, um dos quais envolvia formar o ichthys, ou símbolo do peixe, tocando os polegares e cruzando os dedos indicadores. O símbolo representa um acróstico no qual as letras gregas i, ch, th, y e s são também as primeiras letras na frase Iēsous Christos, Theou Yios, Sōtēr, que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Essa teoria não explica completamente como a sorte inicialmente se associou ao gesto, mas sugere que cruzar os dedos conferia uma bênção ou esperança por um desejo ou oração.