Redação Culturize-se
A palavra “Palissy” pode ter sido desconhecida para muitos até algumas semanas atrás, mas o lançamento viral de “Saltburn” está rapidamente mudando isso. O filme, ambientado na zona rural inglesa, apresenta um enredo gótico envolvendo um estudante rico de Oxford, Felix Catton, interpretado por Jacob Elordi, e um estudante menos afortunado chamado Oliver Quick, interpretado por Barry Keoghan. No enredo, um prato de Palissy assume um papel central, utilizado por Quick para afirmar seu conhecimento sobre o ceramista huguenote do século XVI, Bernard Palissy.
Palissy, multifacetado francês do século XVI, ganha destaque no filme não apenas por sua habilidade em cerâmica, mas também por suas contribuições em geologia, reforma religiosa, sopro de vidro, filosofia, pintura e escrita. Suas crenças religiosas huguenotes o levaram à prisão, sendo posteriormente protegido pela rainha Catherine de’ Medici.
Em “Saltburn”, o valioso prato de Palissy é mencionado em um enredo que envolve difamação e intriga entre membros da família Catton. A raridade das peças reais de Palissy gerou um mercado ao redor de seguidores e artesãos inspirados por sua prática única de adicionar moldes de animais a formas cerâmicas tradicionais.
Peças autênticas de Palissy são tão raras que seu mercado é valorizado, com um jarro de terracota verde alcançando $88.200 em leilão. Outro exemplo notável é um “prato oval grande de delftware inglês com uma grande cobra”, vendido por $75.000.
Desde o lançamento de “Saltburn”, o interesse por Palissy aumentou, com os fãs compartilhando explicações nas redes sociais. O filme destaca não apenas a prática artística de Palissy, mas também a coleção de porcelana fina que circula entre públicos aristocráticos, proporcionando uma visão intrigante sobre o mundo ultra rico da família de Felix.