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Exposição em São Paulo explora multiplicidade das representações do corpo

Gratuita, a mostra “A Verdade Está no Corpo” promove um debate amplo com mais de 100 obras que incluem pinturas, fotografias, instalações e esculturas

Redação Culturize-se

O Paço das Artes inaugura, em 27 de outubro, a exposição “A Verdade está no Corpo”, que apresenta obras de 42 artistas de diversas origens, crenças, idades e formações. Essas criações oferecem um olhar sobre como cada indivíduo percebe a si mesmo e aos outros na sociedade contemporânea, promovendo diálogos e reflexões. A exposição tem entrada gratuita e estará disponível ao público até 7 de janeiro de 2024.

Com curadoria de Renato De Cara e foco no corpo, a exposição reúne mais de 100 obras emprestadas de coleções particulares, galerias e artistas. A mostra inclui pinturas, fotografias, videoartes, gravuras, instalações e algumas esculturas.

A Festa das Mulheres
Imagem da obra “A Festa das Mulheres” (2022), de Flavia Ventura

A curadoria explorou diversas pesquisas para repensar questões de gênero e estimular a empatia em relação às diferenças. Fotógrafos de moda, pintores, escultores e artistas de diferentes gerações contribuem com retratos que celebram a diversidade e individualidade de cada ser humano.

A exposição destaca a evolução das representações do corpo humano, desde os mitos de Adão e Eva até a quebra de padrões acadêmicos por movimentos vanguardistas como o Cubismo e o Dadaísmo. As artes visuais não buscam mais a beleza idealizada, mas sim exploram questões sociais, políticas e éticas cruciais na contemporaneidade. Cada pessoa traz consigo sua própria noção de beleza e uma conexão com o mundo – a verdade de seus próprios corpos.

Os artistas representados na exposição desafiam o anseio pela perfeição que o consumismo promoveu, redirecionando sua arte para questões de relevância social e política. Eles dão voz a experiências que antes eram silenciadas, atualizando os diálogos sobre a vida e a política em um mundo onde não há mais lugar para padrões fixos e narrativas eróticas padronizadas.

O curador Renato De Cara, do Paço das Artes, enfatiza a importância de explorar essas mudanças nas representações do corpo humano, abrindo espaço para debates contemporâneos essenciais.

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