Redação Culturize-se
No próximo domingo (8) celebra-se o Dia Nacional do Nordestino, uma data importante para reconhecer a influência e a presença significativa da população nordestina em São Paulo. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, em 2015, aproximadamente 13% da população do estado era de nordestinos.
Essa migração nordestina desempenhou um papel ativo na construção e desenvolvimento da cidade, mas também enfrentou e continua a enfrentar preconceitos e discriminação, muitas vezes relacionados à aparência física ou ao sotaque dos migrantes.
Nesse contexto, o grupo Teatro de Garage, da D8 Produções, apresenta a peça “Re-Cortes – Uma história de amor nordestina”. A trama gira em torno de Maria Bella, José Otávio e Joana, três nordestinos que migraram para São Paulo na década de 1980 em busca de uma vida melhor. No entanto, eles se deparam com a preconceituosa Catarina, uma viúva que sobrevive com a renda dos aluguéis deixados pelo marido.
O texto da peça, escrito pelo próprio elenco, combina elementos fictícios com informações sobre o período migratório e as dificuldades enfrentadas pelos nordestinos. O objetivo é valorizar a cultura nordestina, especialmente a dos migrantes, que buscaram uma vida mais digna em São Paulo, fugindo da seca, da fome e da miséria, sem recorrer a estereótipos. A história também aborda temas como um amor não correspondido, um crime em investigação e a angústia de um personagem homossexual para se esconder da preconceituosa sociedade.
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A peça estará em cartaz no Teatro Raposo, no Shopping Raposo, na zona oeste paulistana, todos os domingos de outubro, às 19h30. É uma oportunidade para refletir sobre a rica diversidade cultural e as questões sociais enfrentadas pelos nordestinos que migraram para São Paulo.
