Redação Culturize-se
A 13ª edição da ArtRio, que encerrou no domingo (17), foi um evento marcante para o cenário artístico carioca e brasileiro. Com cerca de 58 mil visitantes na Marina da Glória, a feira de arte contou com a participação de aproximadamente 80 galerias e instituições, ocupando um espaço 25% maior em comparação com o ano anterior.
Além disso, a ArtRio 2023 destacou-se pelo retorno das galerias internacionais ao Brasil, consolidando o país como um importante player no mercado global de arte. Mais de 100 colecionadores e curadores de diversas partes do Brasil e do mundo estiveram presentes, incluindo Estados Unidos, Panamá, Suíça, Paraguai, Espanha, Peru, Dinamarca, França, Turquia, Bélgica e Itália.
Brenda Valansi, presidente da ArtRio, descreveu o evento como uma celebração da arte e da cultura, observando que as obras refletiam desafios sociais, porém de maneira mais assertiva. Artistas jovens ganharam destaque e reconhecimento, ocupando seus espaços com obras que abordam questões de sustentabilidade, um tema crucial na sociedade contemporânea.
A ArtRio 2023 não apenas atraiu um grande público, mas também gerou cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos, envolvendo 152 empresas. Além disso, ofereceu uma programação cultural rica, com mais de 100 eventos paralelos agendados para a semana da feira. Esses números demonstram o impacto positivo do evento não apenas no cenário artístico, mas também na economia local.
No contexto mais cultural, artistas como Ernesto Neto, Adriana Varejão, Laura Lima e outros celebraram o renascimento do Rio de Janeiro como um importante centro artístico. Após anos de desafios, incluindo a pandemia, a cidade viu o retorno do sol e do otimismo, com a ArtRio desempenhando um papel crucial na revitalização da cena artística brasileira. A feira destacou obras figurativas contemporâneas que refletem a vida nas praias do Rio, abordando questões de identidade e inclusão.
Artistas como Priscila Rooxo, Osvaldo Carvalho, Kika Carvalho e Bastardo trouxeram representações vibrantes da vida cotidiana e da cultura negra, refletindo uma tendência global na arte contemporânea. Essa tendência de inclusão e representação também se refletiu nas obras de Maxwell Alexandre, que abordou questões relacionadas à infância e à identidade racial.
Além disso, a ArtRio apresentou obras de artistas renomados, como Tiago Sant’Ana, Zé Tepedino e Grauben, que ofereceram uma visão única da arte contemporânea brasileira. O evento também contou com a presença de obras de velhos mestres, como Alfredo Volpi, evidenciando a diversidade e a riqueza da cena artística do Brasil.