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Dia Nacional do Rap: gênero está em alta nos streamings

Redação Culturize-se

Neste domingo (6) celebra-se o Dia Nacional do Rap, gênero que surgiu nas periferias urbanas nos anos 80 da costela de Adão do Hip-Hop. O momento não poderia ser mais positivo, já que há crescimento no interesse nas plataformas de streaming.

Segundo o Spotify, o gênero registrou um aumento de 40% nas buscas, no período de maio de 2022 a maio de 2023. O movimento ganha ainda mais relevo com outro dado disponibilizado pela plataforma: o aumento de 25% em streams no período de junho 2022 a junho de 2023, acima da média global de 19%.

O rap brasileiro vai muito bem e graças MC Cabelinho, L7nnon, MC IG e Xamã, os artistas brasileiros mais ouvidos na plataforma. Parte desse boom, ainda, estão Niink, MC Pê Original e 6ee, que estão entre os rappers que mais crescem em audiência dentro da plataforma.

MC Cabelinho: o rapper mais ouvido do Brasil | Foto: Reprodução/Instagram

O momento contemporâneo do rap brasileiro é marcado por riqueza estética e diversidade de vozes. Os temas abordados pelas letras continuam a refletir a realidade social e política do Brasil, em especial as lutas contra o racismo estrutural, a desigualdade e a violência nas periferias. Ao mesmo tempo, a música tem se expandido para outros públicos, ganhando reconhecimento internacional e rompendo fronteiras.

No exterior, os rappers brasileiros mais escutados no Spotify são Slowboy, MC Delux e MC L da Vinte.

Um pouco de história

Durante as décadas de 1980 e 1990, o Rap brasileiro passou por um processo de consolidação e desenvolvimento, com artistas como Racionais MC’s, MV Bill, GOG, entre outros, ganhando destaque e conquistando um público cada vez maior. Esses artistas se tornaram porta-vozes das camadas mais marginalizadas da sociedade, utilizando suas letras como ferramentas de conscientização e luta por mudanças sociais.

Além disso, o gênero também se apropriou de elementos da cultura brasileira, incorporando ritmos e sonoridades locais. A fusão do Rap com o samba, o funk e outros gêneros musicais tornou-se uma marca registrada do rap made in Brazil, dando origem a uma diversidade de estilos e abordagens.

Na virada do século XXI, o rap brasileiro passou por uma fase de expansão e diversificação, com o surgimento de novos talentos e uma maior penetração na mídia. Artistas como Emicida, Criolo, Karol Conka, e muitos outros, surgiram nesse período e trouxeram novas perspectivas e temáticas para a cena. Suas letras abordavam questões de gênero, identidade, amor e superação pessoal, além de continuarem a denunciar as mazelas sociais e políticas que persistiam no País.

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