Reinaldo Glioche
Kevin Costner cansou. Não levou as 19 temporadas que Ellen Pompeo precisou para dar um basta em sua participação na interminável “Grey´s Anatomy”, mas o astro e vencedor do Oscar, que voltou às boas com crítica e público graças ao faroeste com boa veia dramática, forçou sua saída de “Yellowstone”, cuja 5ª temporada será mesmo a última.
A Paramount tentou evitar o encerramento de seu principal carro-chefe na TV. A produção agrega cerca de 18 milhões de americanos aos domingos à noite em frente à TV – para efeito de comparação, o hit “The Last of Us” registrou 8 milhões em sua melhor performance. A série ainda é campeã de audiência no streaming, no Peacock, nos EUA, e no Paramount+, globalmente.
A obra ainda rendeu dois bem-sucedidos derivados, “1883” e “1923” e a pavimentou a boa relação do estúdio com Taylor Sheridan, criador e showrunner das três séries e de outras produções para o Paramount+ como “Tulsa King”, “Mayor of Kingstown” e a vindoura “Lioness”.
Costner está engajado em filmar um novo épico para o cinema, “Horizon”, o que teria feito com que ele dificultasse a renovação de contrato para o sexto ano, além de tornar a experiência de gravação do 5º ano – dividido em duas partes- bastante problemático.
Acaba, mas não termina
Kevin Costner é a grande atração de “Yellowstone”, mas a Paramount não está disposta a abrir mão de sua galinha de ovos de ouro e, no momento em que anuncia o fim da série, confirma uma sequência com grande parte do elenco do original e com um novo grande astro no topo do cartaz. Muito provavelmente Matthew McConaughey. Os detalhes exatos da nova trama ainda estão em segredo, mas os últimos episódios de “Yellowstone” vão ao ar a partir de novembro.
“A história dos Dutton continua, pegando o ponto em que ‘Yellowstone’ termina em outro conto épico. Estamos empolgados em trazer essa nova jornada para o público ao redor do mundo”, disse David Glasser, CEO da 101 Studios, uma das produtoras das obras da franquia da Paramount.