Reinaldo Glioche
A Warner Bros. celebra nesta terça-feira (4) seu aniversário de 100 anos. Uma data histórica e muito especial para um dos principais estúdios de cinema do mundo e que não poderia passar batido aqui na coluna Play, mas também é imperioso registrar que o estúdio, hoje parte do conglomerado de mídia Warner Bros. Discovery, sob a presidência de David Zaslav não tem um norte bem definido para o médio prazo. No curto, a redução de prejuízos derivados da operação do streaming e o contingenciamento de gastos para mitigar a desvalorização acionária.
Além do lançamento de um documentário sobre a história do estúdio na HBO MAX, há muitas ações previstas ao longo do mês. A plataforma de e-commerce da Amazon terá uma vitrine virtual exibindo sua seleção de produtos WB100 incluindo brinquedos, colecionáveis, utensílios domésticos e roupas. Essa coleção (foto ao lado) é de fazer babar qualquer cinéfilo.
Parques temáticos do estúdio, como em Madri e Abu Dhabi, farão eventos comemorativos. Já nos EUA, O Warner Bros . Studio Tour Hollywood estreia uma nova exposição, também no dia 4, “100 Years of Warner Bros.”, explorando 100 anos do impacto da Warner Bros. na narrativa. A exposição mostra fotografias de produções clássicas e contemporâneas, incluindo “Casablanca”, Quadrinhos DC, Harry Potter, “Abbott Elementary” e muito mais.
Para se ter uma ideia da dimensão do evento, a Casa da Moeda da Nova Zelândia voltou no tempo para lançar uma série de moedas de prata chamada “Art of the 100th”, que mostra os filmes da Warner Bros. ao longo das décadas. A primeira moeda comemorativa apresenta o clássico filme de 1952 “Cantando na Chuva”. A segunda moeda mostra Looney Tunes vestidos como personagens do icônico filme de 1939 “O Mágico de Oz”.
Embora não haja clareza sobre qual será o tamanho do streaming no futuro próximo da Warner, as ações da empresa responderam bem ao choque de gestão de Zaslav e cresceram 58% no 1º trimestre de 2023. Um presente de aniversário modesto, mas necessário para um gigante centenário.
Ron Howard se abriga na Amazon
O vencedor do Oscar Ron Howard (“Uma Mente Brilhante”), por meio de sua produtora Imagine Entertainment, fechou um contrato de prioridade com a Amazon. Isso quer dizer que toda obra, ficção ou documentário, que a Imagine for produzir, a Amazon terá prioridade para financiar e distribuir. O cineasta lançou em agosto passado na plataforma o longa “13 Vidas – O Resgate”, produzido pela MGM, agora um estúdio que pertence à Amazon.
Nova marcha na Netflix
Se tira o pé do acelerador na produção de filmes de grande orçamento por um lado, a Netflix parece disposta a manter a fé nas sitcoms. O streaming acabou de estrear “Unstable”, com Rob Lowe e “Wellmania”, estrelado pela comediante australiana Celeste Barber e já prepara uma nova safra. Chama a atenção, no entanto, a metodologia aplicada a “Little Sky”, um comédia single-camera estrelada por Samara Weaving. A empresa encomendou um piloto – isso mesmo, um piloto. Esse modelo é comum para TVs, não no streaming, principalmente para a Netflix que tem por hábito dar mais liberdade criativa aos artistas e lançar temporadas inteiras.
Napoleão à vista
Apple e Sony definiram o feriado de ação de graças para a estreia do épico “Napoleon”, de Ridley Scott, que depois será lançado exclusivamente na AppleTV+. Não há informações se o longa será lançado nos cinemas brasileiros antes de chegar à plataforma. “Napoleon” é estrelado por Joaquin Phoenix.