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“Forever” é mostruário do talento e maturidade de Bon Jovi

Redação Culturize-se

Em 2019, era evidente no Estádio de Wembley que algo estava errado com a voz de Jon Bon Jovi, pois as notas altas falharam e as linhas melódicas caíram, perturbando muitos fãs de longa data. Essa luta vocal é explorada de maneira franca no documentário em quatro partes “Thank You, Goodnight: The Bon Jovi Story” no Disney+, que narra a batalha de Jon com cordas vocais atrofiadas e a grande cirurgia que ele realizou para resolver o problema. O próprio Jon Bon Jovi tem sido franco sobre seus desafios, afirmando: “Se o canto não está bom, se não posso ser o cara que eu era, então estou acabado… Eu não preciso ser o Elvis gordo.” O futuro dos shows em arenas para este icônico astro do rock permanece incerto, mas seu último álbum “Forever” sinaliza uma direção esperançosa para a banda.

Foto: Divulgação

“Forever” marca um retorno ao som clássico de Bon Jovi, com canções de rock e baladas poderosas, uma melhoria significativa em relação ao álbum solo de 2020. Faixas como “We Made It Look Easy” e “Living Proof” mostram a habilidade de Bon Jovi para ganchos cativantes e refrões memoráveis, enquanto “Waves” se destaca com seus violões acústicos, letras reflexivas e um refrão emocionante. Embora algumas baladas como “Kiss The Bride” e “My First Guitar” deixem a desejar, o som geral de “Forever” é reminiscente dos dias de glória da banda, projetado para ressoar em grandes arenas.

Compreender a evolução de Bon Jovi em 2024 exige reconhecer que esta já não é a mesma banda de 40 anos atrás. As músicas glam-metal da era MTV se foram; desde o hit revitalizante “It’s My Life” em 2000, Bon Jovi adotou um som de pop-rock mais maduro e nostálgico. Essa evolução permitiu que eles permanecessem relevantes, continuando a liderar paradas e lotar arenas muito depois que muitos de seus contemporâneos desapareceram. Seu 16º álbum reflete sobre seu legado com uma mistura de canções cativantes e sinceras que equilibram a reminiscência com as realidades presentes.

“Forever” abre com “Legendary” e “We Made It Look Easy,” definindo o tom com temas de amizade e reflexão sobre seus primeiros dias. Essas canções também se viabilizam como homenagens à mulher de Bon Jovi. A natureza previsível, mas contagiante dessas músicas garante que elas fiquem na cabeça dos ouvintes, um testemunho do apelo duradouro da banda.

Apesar de uma voz naturalmente desgastada e algumas correções de tom, Jon entrega uma performance confiante em “Forever,” atingindo notas altas impressionantes em “Waves.” Embora a destreza vocal dos sucessos anteriores como “Livin’ on a Prayer” não esteja mais lá, a determinação de Jon brilha. O álbum fecha com “Hollow Man,” uma reflexão contemplativa sobre sua carreira, enfatizando sua recusa em desistir apesar dos desafios. A capacidade de Bon Jovi de se adaptar e permanecer uma banda querida destaca sua resiliência e dedicação aos seus fãs.

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