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Museu imersivo Mercer Labs é novidade na cena cultural de Nova York

Redação Culturize-se

O centro financeiro de Wall Street, em Nova York, tem um novo adereço. O Museu de Arte e Tecnologia Mercer Labs, que abre oficialmente para o público em abril, promete uma experiência única que desafia as convenções dos museus tradicionais. Concebido pelo artista israelense Roy Nachum em parceria com o investidor imobiliário nova-iorquino Michael Cayre, o Mercer Labs surge como um espaço multifacetado, onde a arte e a tecnologia se fundem para proporcionar uma experiência sensorial e imersiva.

Com um investimento de aproximadamente US$ 35 milhões, o museu ocupa um espaço de 3.300 m² e conta com 15 exposições interativas, encontros sonoros únicos e instalações imersivas, concebidas pelo próprio Nachum. Em uma entrevista durante a conferência Mind the Tech New York, o artista destacou a intenção de criar um espaço que fosse uma tela em branco, capaz de se adaptar rapidamente às diferentes formas de expressão artística.

“A ideia é criar um novo movimento, decifrar coisas que são impossíveis e tentar criar coisas completamente novas”, afirmou Nachum. “Cada sala fala de algo completamente diferente”, complementou. Essa abordagem multidisciplinar reflete a visão do artista de redefinir a relação entre arte e tecnologia, proporcionando ao público uma experiência que transcende os limites tradicionais dos museus.

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Uma das características marcantes do Mercer Labs é a ênfase na inclusão e na acessibilidade. Nachum, conhecido por suas pinturas surreais e hiperrealistas, busca criar um ambiente onde pessoas com deficiências visuais e auditivas possam se envolver plenamente com as obras de arte. “Todos aqui merecem uma chance igual de aproveitar e realmente experimentar o momento”, ressaltou o artista.

Desde a primeira sala, onde o braille está entrelaçado por todo o museu, até espaços como a “sala de som em quatro dimensões”, onde os visitantes podem experimentar o som como um holograma, o Mercer Labs oferece uma ampla gama de experiências sensoriais. Destacam-se também a “câmara do dragão”, com 500.000 micro luzes de LED que dão vida a animais mitológicos, e a “sala das crianças”, onde os pequenos podem colorir imagens que se transformam em criações digitais tridimensionais.

Mèrcer Labs
Fotos: Adam Schrader

No entanto, a proposta do Mercer Labs vai além da mera exposição de obras de arte. Nachum e sua equipe buscam criar um espaço colaborativo, onde artistas de diferentes áreas possam se reunir e criar juntos. “Temos que criar em tempo real no espaço para realmente entender como mover o som através dele”.

Apesar do investimento significativo e dos desafios enfrentados durante o processo de construção, Nachum está otimista em relação ao futuro do museu. “Eu não vejo como imersivo”, afirmou ele. “Para mim, é um espaço em que podemos colaborar e mudar a tela o tempo todo”, concluiu.

Com uma proposta inovadora e uma abordagem inclusiva, o Museu de Arte e Tecnologia Mercer Labs promete ser um marco na cena cultural de Nova York, oferecendo ao público uma jornada única pela interseção entre arte e tecnologia.

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