Reinaldo Glioche
Um dos espólios da guerra dos streamings é a renascença da pirataria, que tinha sofrido um baque na década passada com a popularização dessas plataformas. Com a multiplicidade de ofertas, o preço cada vez mais elevado de cada uma delas e produções em fuga dos catálogos cada vez mais enxutos, a revitalização da pirataria é uma realidade que Hollywood vai precisar se debruçar com mais retidão.
Um fato curioso, porém, marca esse começo de 2024. “Coup de Chance”, o 50º longa-metragem de Woody Allen, começou a circular em rodas de cinéfilos ilegalmente nas últimas semanas e fez bastante sucesso. A ponto de virar notícia no The Hollywood Reporter. Agora, a mesma publicação noticia que o longa foi adquirido para distribuição nos cinemas dos EUA pela MPI Media Group, uma distribuidora de pequeníssimo porte nos EUA.
A empresa já havia comprado os direitos dos dois últimos filmes do cineasta para distribuição doméstica. Mas agora, vai bancar um lançamento em cinema, em 5 de abril, e uma semana depois disponibilizar o longa em VoD. No Brasil, “Coup de Chance”, que teve premiere no último Festival de Veneza, segue sem distribuição. A Imagem Filmes comprou os últimos longas de Allen por aqui, mas sequer lançou o último “O Festival do Amor” (2020) nos cinemas.