Exposição em cartaz no Rio de Janeiro discute o planeta como uma construção coletiva viva e carente de cuidados
Redação Culturize-se
A exposição CASA COMUM está em cartaz no Futuros – Arte e Tecnologia, até 10 de março, trazendo instalações multimídias e experiências sensoriais únicas. O evento, considerado um acontecimento artístico inédito, ocupa todos os espaços do edifício, no Rio de Janeiro, proporcionando ao público diversas experiências, desde salas imersivas até uma escultura gigante de uma anaconda com 25 metros de comprimento. O acesso é gratuito e a visitação, de quarta a domingo, das 11h às 20h.
Com curadoria de Renato Rocha, a exposição é o resultado de uma colaboração artística internacional entre Rocha, o estúdio digital londrino SDNA e 12 artistas amazônicos. O projeto, desenvolvido desde 2020 e já apresentado em grandes festivais pelo mundo, ganha agora escala como uma exposição coletiva. Rocha destaca a importância do evento como um manifesto onírico espiritual, capturando a ideia de casa comum como a coabitação de diversas criaturas, corpos e sonhos.
A colaboração artística envolveu uma experiência híbrida, combinando colaboração digital virtual e imersão presencial na Amazônia com o povo indígena Sateré Mawé. As obras, que abrangem diversas formas de expressão, como audiovisual, vídeo arte, performance e arte sonora, têm como objetivo repensar o planeta como uma casa comum. O foco está na importância das vozes amazônicas e nas cosmovisões indígenas para enfrentar a crise climática e humanitária global.
Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro, destaca a relevância da exposição para o Futuros – Arte e Tecnologia, destacando que ela combina arte, diversidade e urgência socioambiental. O projeto CASA COMUM foi inicialmente financiado em 2020 pelo British Council UK, através do programa Digital Collaboration Fund, promovendo parcerias virtuais entre artistas britânicos e internacionais durante a pandemia.