Reinaldo Glioche
A ClaroTV+, plataforma que agrega TV a Cabo e online, bem como plataformas de streaming, se uniu à NBCUniversal, grupo que detém alguns canais lineares da TV paga como Universal TV, SYFY, E! Entertainment, para lançar uma nova plataforma de streaming no Brasil. O Universal+, a princípio, só pode ser acessado no hub ou app da ClaroTV+. A mensalidade custa R$ 29,90.
Não é a primeira vez que a NBCUniversal tenta lançar uma versão mais simples de sua plataforma oficial, o Peacock, disponível apenas nos EUA, no mercado brasileiro. O Universal+ teve uma vida discreta e com menos conteúdo no Globoplay.
Agora a promessa é de conteúdo original, que antes demorava para chegar no Brasil via licenciamento, a maioria ia para o Globoplay, com alguns indo para o Lionsgate+ e Prime Video, e a transmissão ao vivo do programa de humor “Saturday Night Live”, bem como a disponibilização on demand de todo o acervo do programa.
Em um momento de afunilamento na guerra dos streamings, dá para dizer que o timing desse lançamento é ruim. Difícil dizer se o Universal+ irá vingar. Há uma supersaturação de oferta de streamings no mercado e o consumidor anda muito mais criterioso. Tirando produções originais recentes, como “Poker Face”, a grande atração dessa chegada, as produções do catálogo estão licenciadas para empresas rivais.
Para a Claro, no entanto, a parceria com a Universal é excelente. Reforça o caráter multiconteúdo do ClaroTV+, que hoje já atua como agregador das principais plataformas de streaming em atividade, e serve ao propósito de distinguir sua operação como inovadora e singular. Isso sem qualquer prejuízo com a possibilidade do Universal+ ser apenas um sonho de verão.