Por Patricia Dantas, de Londres
“Saltburn” abriu o 67° Festival de Cinema de Londres nesta quarta-feira (4). Estrelado por Barry Keoghan, Carey Mulligan, Jacob Elordi, Rosamund Pike e Richard E. Grant, o filme da diretora britânica Emerald Fennel (“Bela Vingança”) foi o escolhido para dar início à programação de 252 títulos ao longo de 12 dias de evento.
No entanto, apesar de contar com as estreias mundiais de “The Book of Clarence”, de Jeymes Samuel, e “The Kitchen”, de Kibwe Tavares e Daniel Kaluuya, o tapete vermelho desta edição não terá a presença de grandes estrelas, devido à greve dos atores em Hollywood.
Pela primeira vez em mais de dez anos, o festival não sediou uma coletiva de imprensa do filme de abertura, já que a maioria dos talentos se ausentará desta edição enquanto continuam em andamento as negociações entre a SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists) e a AMTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers).
Apesar do glamour não ser o mesmo pela falta dos protagonistas das telonas, o público poderá se contentar com a aparição de diretores de porte, como Martin Scorsese, que apresentará seu filme badalado “Assassinos da Lua das Flores”, Sofia Coppola, com a exibição especial de “Priscilla”, e Yorgos Lanthimos, promovendo seu novo romance de ficção científica já aclamado pela crítica com o prêmio Leão de Ouro em Veneza, “Pobres Criaturas”.
Outros destaques do Festival de Cinema de Londres 2023 incluem “All of Us Strangers”, de Andrew Haigh, “Maestro”, de Bradley Cooper, “May December”, de Todd Haynes, e “The Killer”, de David Fincher.
As estreias europeias de “One Life”, estrelado por Anthony Hopkins e dirigido por James Hawes, e da série “Expats”, sob o comando de Lulu Wang e com Nicole Kidman no elenco, também complementam a programação.
Aproximando a plateia dos seus ídolos, como já é de praxe em edições do evento, haverá seis “screen talks” com os cineastas e diretores Greta Gerwig, Martin Scorsese, Andrew Haigh, Lulu Wang, Kitty Green e Emerald Fennell, que comentarão sobre suas carreiras e novos projetos.
“Ao preparar esta edição de 2023, meus colegas e eu fomos incessantemente impulsionados pela arte, pelas ideias e pelos indivíduos e comunidades talentosos que entraram em nossa órbita. Agora é hora de compartilhar toda essa maravilha e mal podemos esperar que o público experimente tudo isso”, disse Kristy Matheson, nova diretora do festival.