Reinaldo Glioche
Não faz muito tempo que a coluna divulgou uma iniciativa da Deezer de melhorar a remuneração de artistas pela plataforma. A medida está inserida em um momento em que as plataformas de streaming se voltam a si mesmas em busca de um movimento disruptivo.
O Spotify acaba de inaugurar um estúdio para podcasters exclusivos a plataforma em São Paulo e anunciou a 1ª edição o Spotify Podcast Festival, que acontecerá em novembro na capital paulista e contará com a presença de alguns dos criadores de conteúdo mais ouvidos da podesfera.
A Amazon Music inicia um novo projeto, denominado City Sessions, em que artistas fazem um pocket show seguido de entrevista e as músicas são disponibilizadas a posteriori na plataforma sob o selo Amazon Music Originals. Marina Sena foi a convidada inaugural.
Todas essas novidades, azeitadas na bacia do marketing, tem como finalidade melhorar a atratividade de cada plataforma. Seja pelo viés do apoio ao artista – e do inerente princípio da reciprocidade – , seja pela aposta estratégica no podcast ou adornando a música e artistas influencers com mais esmero.
Faturamento em alta
Esse movimento é cíclico e não está vinculado a um momento de estagnação. Pelo contrário; o mercado fonográfico brasileiro registrou 12,6% de crescimento no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior.
O streaming foi o principal responsável pelo crescimento do mercado, equivalente a 99,2% da receita de R$ 1, 2 bilhão. As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 775 milhões, crescimento de 17,8%, enquanto o faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 406 milhões, com variação positiva de 3,2% em relação ao verificado no primeiro semestre de 2022.
Os números são da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, e estão em consonância com a disposição mundial.