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MuBE destaca arte construtiva brasileira em exposições

Redação Culturize-se

O Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) destaca a exposição “Torções”, que apresenta obras do renomado escultor Ascânio MMM, sob a curadoria de Francesco Perrotta-Bosch. Esta exposição, que permanecerá em cartaz até 16 de novembro, representa a mais abrangente retrospectiva das seis décadas de carreira do artista em São Paulo. Os visitantes terão a oportunidade de apreciar esculturas e instalações artísticas com formas curvas que evocam movimento.

Foto: Rômulo Fialdini 

Guilherme Wisnik, consultor curatorial do museu, destacou a importância da mostra: “Torções traz para São Paulo obras de um dos expoentes da arte construtiva brasileira, reforçando a vocação do MuBE para estimular a valorização da arte tridimensional.”

Para enriquecer a exposição, duas grandes esculturas, Módulo 8.6 e Módulo 1.7, foram especialmente produzidas para ocupar o espaço externo do MuBE. Além dessas obras inéditas, mais de uma dezena de peças nunca antes exibidas publicamente serão apresentadas ao público.

As obras de Ascânio MMM exploram formatos helicoidais geometricamente audaciosos e representam uma das várias vertentes de seu trabalho. O artista, nascido em Portugal e radicado no Rio de Janeiro desde 1959, realizou sua graduação na Escola Nacional de Belas Artes e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.

A exposição também oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer as matrizes de raciocínio de Ascânio MMM e seu processo de trabalho. O curador Francesco Perrotta-Bosch ressalta a importância de explorar esses aspectos: “Para compreender a singular dialética entre o rigor milimétrico e o flerte com o desequilíbrio das esculturas de Ascânio MMM, é válido prestar atenção aos seus desenhos e maquetes de estudo, que serão pela primeira vez apresentados ao público em Torções. Quando vemos simultaneamente processo e resultado enxergamos o artista-arquiteto, epíteto profissional que mais precisamente qualifica Ascânio.”

A exposição “Torções” tem como objetivo estabelecer um diálogo entre as formas escultóricas de Ascânio MMM e a arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, o arquiteto responsável pelo projeto do museu.

Elisa Arruda e a arte escultórica do Pará

Peças da exposição de Elisa Arruda | Foto: Nailana Thiely

No mesmo contexto, o MuBE também abre espaço para a arte da jovem artista paraense Elisa Arruda com a exposição “Elisa Arruda: deslocamento construtivo”. Esta é a primeira exposição individual da artista em um museu em São Paulo e apresenta um desdobramento de seu trabalho escultórico que esteve presente na Bienal das Amazônias, no Pará. Além disso, a exposição inclui suas obras em papel, que estabelecem um diálogo franco com a arquitetura e o mobiliário.

Flavia Velloso, presidente do MuBE, enfatiza a importância de dar visibilidade a jovens artistas de diferentes regiões do país: “Abrigar a exposição de Elisa Arruda no MuBE faz parte da proposta do museu de incrementar o diálogo da instituição, sediada em São Paulo, com a produção de jovens artistas de outras regiões do país.”

A exposição “Elisa Arruda: deslocamento construtivo”, com curadoria de Guilherme Wisnik e Olivia Abrahão, permanecerá em cartaz até 26 de novembro. Além disso, para outubro de 2023, o MuBE tem programada uma mostra de vídeos indígenas do coletivo Vídeo nas Aldeias.

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