Álbum chega às plataformas amparado no single de trabalho homônimo que alinhava as pretensões de Bárbara Fialho com esse retorno à música: é hora de começar de novo
Redação Culturize-se
A fênix, uma magnífica ave mítica, é celebrada na lenda por sua notável capacidade de renascer das próprias cinzas, dando início a um novo ciclo de vida. Trata-se de uma metaforização poderosa de esperança, recomeços e vida após a morte. Chamar alguém de fênix é atribuir a essa pessoa a habilidade de emergir da escuridão, mesmo após parecer ter sido consumida ou destruída.
E é com essa simbologia que o EP intitulado “Fênix” marca o retorno de Bárbara Fialho à cena musical. O lançamento da faixa que dá nome ao álbum ocorreu nesta quarta-feira (23), e Bárbara está pronta para apresentar esse projeto, que revela todo o seu renascimento e vulnerabilidade por meio de um videoclipe poderoso.
O videoclipe, gravado no deserto de Sossusvlei, na Namíbia, retrata a beleza do renascimento em um vale desolado, capturando a sensação que a artista experimentou enquanto compunha suas músicas durante o isolamento da pandemia. Tudo em um demorado take; uma clara harmonia entre forma e conteúdo.
A canção aborda as questões relacionadas às críticas que Bárbara enfrentou durante o período de seu divórcio. Ela reflete sobre a transformação da dor em arte e suas escolhas de enfrentar essa situação de maneira discreta.
Este novo EP, composto por quatro músicas, conta a história do renascimento de Bárbara após o fim de seu casamento, o período de isolamento causado pela pandemia e o afastamento da música, das passarelas e de outros desafios. As músicas, todas em inglês, são como cartas abertas escritas por Bárbara enquanto ela enfrentava as dores e os julgamentos resultantes da separação.
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“A primeira música do projeto é a mais melancólica. Ela explora profundamente como as pessoas percebiam minhas intenções em meu casamento e os julgamentos que sofri. Foi no meu momento mais difícil que descobri o dom da composição e transformei minha dor em arte”, explica Bárbara.
Incorporando influências de mulheres que se permitiram ser autênticas, como Gal Costa, Elis Regina e Amy Winehouse, “Fênix” se apresenta como um álbum pop, com elementos sonoros de DJ CIA, que traz em seu DNA traços de hip-hop e R&B.
“É um exercício de renascimento e cura. Se as pessoas gostarem e se conectarem com minhas músicas, se encontrarem nas letras que escrevi e se sentirem menos solitárias, considerarei isso uma grande vitória”, observa Bárbara Fialho. “Mulheres enfrentam dores profundas sozinhas, especialmente após a maternidade. Se as mulheres se reconhecerem nesse projeto e os homens ouvirem e refletirem, ficarei extremamente satisfeita”.