Por Reinaldo Glioche
O tão aguardado novo álbum de Travis Scott já está disponível e “Utopia” conta com um dream team que vai de Beyoncé a Drake, passando por nomes como The Weeknd, SZA, Kid Cudi, entre outros; mas se mostra mais sedutor quando Scott está só confluindo referências – Kanye West sendo a mais notável delas – e vivências. O músico explora novas experiências musicais sem se afastar de sua sonoridade mais tradicional, o que faz do disco algo especialmente significativo em sua discografia.
A habilidade de Scott em trazer uma simplicidade cativante para suas músicas é notável, e “Utopia” eleva essa característica a um novo nível, mostrando que o rapper está ganhando cada vez mais maturidade para compreender o que funciona melhor em cada momento. Mais do que nunca, as faixas do álbum transmitem a sensação de terem sido meticulosamente planejadas em cada detalhe, desde as amostras sonoras até as colaborações.
Com letras que podem parecer simples à primeira vista, mas que também possuem profundidade e sentimentos, Scott mantém uma abordagem mais íntima e menos energética ao longo do álbum, apresentando um tom mais contido em comparação com seus trabalhos anteriores.
Explorando temas religiosos e aspectos pessoais de sua vida, “Utopia” revela-se como o álbum no qual o cantor mais se entrega emocionalmente. Com um tom extremamente profundo e sombrio, o disco não é do tipo que agradará a todos os ouvintes, especialmente àqueles que esperavam algo dentro dos padrões convencionais. São especialmente poderosas as faixas “God´s Country”, “Circus Maximus” e “Til Further Notice”, que conta com a colaboração de James Blake e 21 Savage.
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