Caitlin Cronenberg, Destry Allyn Spielberg e Ishana Night Shyamalan têm em comum, além de cineastas tarimbados como pais, a predileção pelo horror como ponto de largada em suas carreiras
Reinaldo Glioche
Filha de peixe, peixinho é, mas uma sinergia muito interessante está acontecendo no cinema com uma nova geração de cineastas de sangue azul que está emergindo e apostando no horror como um gênero de expressão e afirmação.
Ishana Night Shyamalan já até dirigiu alguns episódios de séries de TV, inclusive a obra de horror produzida por seu pai, M. Night Shyamalan, “Servant”, para a AppleTV+. Mas “The Watchers” será seu primeiro longa. Trata-se de uma adaptação do livro de terror de A.M. Shine também assinada por Ishana.
O filme, protagonizado por Dakota Fanning e Georgina Campbell, tem previsão de estreia para junho de 2024.
Seguindo os caminhos do pai David e do irmão Brandon, Caitlin Cronenberg fará sua estreia nos cinemas com o thriller pós-apocalíptico “Humane”. As filmagens ocorreram em novembro de 2022 no Canadá e o elenco é majoritariamente canadense, com destaque para Jay Baruchel e Emily Hampshire.
O longa, que ainda não tem uma previsão de estreia oficial, aborda uma realidade de colapso ambiental que está forçando a humanidade a perder 20% de sua população. Um jantar familiar irrompe em caos quando o plano de um pai de se alistar no novo programa de eutanásia do governo dá terrivelmente errado.
Já Destry Allyn Spielberg fará sua estreia na direção com o filme de terror “Please Don´t Feed the Children”, estrelado por Michelle Dockery e com lançamento previsto para 2024. Na trama, um grupo de órfãos fica à mercê de uma mulher perturbada em um mundo onde um surto viral devastou a população adulta do país.
O caso da filha de Spielberg é ainda mais emblemático porque seu pai, talvez o nome mais popular e influente dos três pais famosos, não tem o horror como um ponto elementar de sua filmografia. Todavia, é deverás interessante ver mulheres jovens de diferentes procedências e que precisam lidar com um tipo de pressão bastante peculiar enxergando no horror um exercício de afirmação no cinema.
