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A casa como reflexo do corpo é pensada em projeto na CASACOR

A essência da arquitetura modernista é traço do escritório de Tufi Mousse na criação da Casa Morena, que veste o corpo de forma leve e fluida e evidencia a subjetividade do ser nas minúcias

Redação Culturize-se

A harmonia entre tempo e espaço vividos é uma influência marcante nos fluxos e modos de vida da Casa Morena. Sob a liderança do arquiteto Tufi Mousse, o escritório catarinense – com filial em São Paulo – explora a relação única entre o corpo e a morada neste projeto singular em destaque na CASACOR.

“A Casa Morena personifica essa relação, refletindo autenticidade no espaço. Somos seres raros, com individualidade e semelhanças. A morada só existe quando a habitamos, e para isso, nosso corpo se envolve nessa veste chamada lar. Essa é a essência do tema ‘Corpo e Morada’ que definimos para a CASACOR neste projeto. A casa é um reflexo de nosso corpo, com suas necessidades e responsabilidades”, explica o arquiteto.

Fotos: Divulgação

Com seus 152 metros quadrados, o ambiente recebe generosa luz natural durante o dia devido à sua localização privilegiada na mostra paulistana, sediada pelo segundo ano consecutivo no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, até 06 de agosto. O escritório aproveita os raios solares para realçar a cuidadosa seleção de materiais texturizados, que destacam as formas arredondadas do mobiliário em contraste com um elegante tom acastanhado ao fundo, evocando a cor da pele.

“O ambiente de natureza orgânica envolve os visitantes e oferece um layout a ser descoberto de forma instintiva. Repleto de texturas aplicadas nas superfícies e mobiliário, a morada envolve e veste nosso corpo com leveza, sensibilizando-nos para a delicadeza da vida”, acrescenta Tufi.

Por meio dos materiais sutis utilizados, o escritório cria uma identidade que desperta os sentidos do corpo para uma percepção mais aguçada. A combinação cuidadosa cria sensações a partir da presença de elementos originais e industriais, como o revestimento frio aplicado nas paredes em harmonia com a serenidade da madeira natural do piso. A moldura abraça o mobiliário de traço modernista brasileiro e as criações do próprio escritório em tons de terra vermelha. Destacam-se as peças consagradas dos designers Sergio Rodrigues e Ricardo Fasanello, assim como os lançamentos da linha Alfi, que incluem mesas de centro, mesa de jantar redonda e cadeiras, todas desenhadas pelo arquiteto.

“O projeto luminotécnico foi especialmente elaborado para proporcionar um efeito de luz natural no ambiente. Luz e materiais estão inseparavelmente conectados. O efeito é alcançado através da percepção efetiva da luz nos materiais, realçando as características de cada textura. Madeira, cerâmica, pedra e forrações naturais estão presentes para representar as texturas da pele da Casa Morena“, complementa.

O layout é visualmente integrado, porém, os espaços são bem definidos por suas funções. A circulação propõe fluxos que não interferem no uso de cada elemento, permitindo uma visão geral do ambiente sem causar confusão. A vasta experiência do escritório no desenvolvimento de projetos de interiores orientou a configuração intuitiva da Casa Morena, que quebra regras e propõe trajetos alternativos. As obras de arte fornecidas pela galeria Simões de Assis aprofundam o caráter subjetivo do projeto, refletindo escolhas que fazem sentido para aqueles que verdadeiramente vivem o lar.

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