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O retorno de “Succession” e a expectativa pelo Drácula de Nicolas Cage

Reinaldo Glioche

Depois de um hiato de quase dois anos, “Succession” retorna para sua 4ª e última temporada. O aclamado drama da HBO une todas as tribos para se divertir rindo das travessuras dos muitos ricos em um cíclico sarau de cobra comendo cobra.

Foto: Divulgação

Nesse aquário criado por Jesse Armstrong, o foco está sobre a família Roy, um decalque dos Murdoch e a batalha pelo poder sobre o conglomerado de mídia da família. Os diálogos afiados e o roteiro primoroso são os principais vértices de um texto inteligente que navega pela sátira agregando humor, tensão, e drama em uma multiplicidade atômica.

A série já foi classificada como Game of Thrones do mundo corporativo, mas esse rótulo não dá conta da fusão sofisticada e algo pitoresca (!) entre Glória Perez, Nelson Rodrigues, William Shakespeare e Dante Alighieri. Está tudo lá! A teatralidade dos conflitos, taras sexuais como válvulas de jogos de poder, traições, intrigas, egos e superegos expostos, inflados e esmagados…

O 4º ano começou com o vigor que é característico da produção e prepara as peças no tabuleiro para o ato final pelo controle da Waystar Royco. Quem ainda foi fisgado por esse hit de público e crítica, dá para maratonar as três primeiras temporadas na HBO MAX e pegar esse último bonde perto do destino final.

A nova picardia de Nicolas Cage

Foto: Divulgação

O que fazer depois de interpretar a si mesmo no cinema? Se você é Nicolas Cage, a resposta é o Drácula. Depois de interpretar Nic Cage em “O Peso do Talento”, o ator lança em 27 de abril “Ranfield – Dando Sangue pelo Chefe”, em que vive uma versão piradona do vampirão.

No filme, Renfield (Nicholas Hoult) é forçado a encontrar vítimas para seu mestre, Drácula (Nicolas Cage), e a fazer tudo o que ele lhe pede, retratando de forma sarcástica o que seria um relacionamento abusivo entre um chefe e seu subordinado. Após décadas de servidão, ele descobrirá que há vida além dos serviços ao vilão.

Como a comédia é o principal aspecto do longa, é de se esperar uma versão afetada de Drácula, com os trejeitos que Nicolas Cage vem imprimindo em personagens recentes. Todavia, a sucessão de trabalhos aponta para uma revitalização da carreira do ator com uma ainda incalculada onda de filmes B charmosos.

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