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Zapping chega ao Brasil com promessa de inovar experiência de assistir TV

Com receita de US$ 10 milhões por ano, empresa que já opera na América Latina desembarca no Brasil de olho no espólio da TV Paga

Para entender como ambicionar destaque neste cenário tão pulverizado e com concorrência qualificada, Culturize-se bateu um papo com Renato Baer Svirsky, Country Manager da Zapping no País. Ele fala das estratégias da empresa para garantir uma experiência sofisticada para o usuário, que vai desde a estabilidade de plataforma até recursos inéditos na transmissão de TV no País.

Culturize-se: Quando efetivamente a Zapping chega ao Brasil? O que o consumidor pode esperar da plataforma?

Renato Baer Svirsky: Estamos trabalhando nos últimos detalhes para colocar a plataforma no ar, com previsão de ter tudo pronto ainda no 1.º trimestre de 2023. Temos anos de experiência no mercado, e por isso somos muito cuidadosos durante o desenvolvimento para evitar bugs e tornar o aplicativo mais intuitivo, interessante e inovador.

O público brasileiro pode esperar um aplicativo que cumpre muito bem todas as funções básicas: nada de travamentos no vídeo, carregamento e troca de canais sem demora e muita estabilidade em seu funcionamento mesmo durante eventos com alto volume de acessos. Resgatamos em nosso produto as coisas boas da TV antiga que foram deixadas de lado: trazemos um layout diferenciado que resolve algumas questões comuns em outros streamings. Não teremos um menu de carrosséis, por exemplo, que acaba fazendo a audiência gastar tempo escolhendo o conteúdo. 

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Foto: Pexels

Também estamos muito felizes em trazer inovações exclusivas: estatísticas do jogo, repetição dos gols, feed do Twitter com os comentários do programa e participação direto no Aplicativo, imagem de alta qualidade em H265, e muitas outras novidades. A tecnologia é toda própria, desenvolvida pelo nosso time. Não estamos copiando o mercado, estamos elevando o jogo ao próximo nível. 

Culturize-se: Existe uma concorrência atroz no streaming. Há produtos FAST e players como a Netflix com o recém lançado plano mais barato com anúncio. Nesse cenário, como a Zapping se organiza e quais são as expectativas? 

Renato Baer Svirsky: A Netflix é uma referência para nós. É a única plataforma com tecnologia própria e que sabemos que funciona. Ninguém liga a Netflix com dúvidas se vai funcionar. Porém, vemos como um mercado diferente, de VOD, enquanto a nossa plataforma entrega TV ao vivo.  A Zapping substitui os cabos e os satélites, entregando uma experiência muito superior cheia de vantagens que apenas a virtualização proporciona. 

Os canais FAST ainda são uma experiência do mercado. Publicidade demanda volume e, com poucas exceções nos EUA, ninguém gerou volume com canais FAST. Por isso, a monetização destes canais fica inviável. Estamos sempre de olho em todas as novidades, mas por enquanto, isto não faz parte da nossa estratégia.

Culturize-se: O brasileiro, de modo geral, é bastante receptivo ao streaming, mas há muitas opções no mercado e com propostas variadas. Como a Zapping encara essa realidade e quais as estratégias para ser competitiva? 

Renato Baer Svirsky: Os brasileiros são muito receptivos à digitalização, e a cultura do nosso país reserva um papel importante para a televisão no cotidiano social. Por isso, a Zapping pode trazer o melhor da tecnologia para que a televisão brasileira continue brilhando. 

A primeira coisa que fazemos é entregar o básico. Canais ao vivo, que as pessoas assistem desde o meio do século XX, com qualidade de imagem e estabilidade. Fácil uso e troca de canais. Em todas as telas (celular, SmartTV e web). Os produtos atuais não entregam canais ao vivo e qualidade, de forma intuitiva. 

Seremos competitivos no mercado fazendo o simples bem feito. E com todas as inovações que as pessoas poderão utilizar, vamos fazer as pessoas se apaixonarem pelo produto e pela marca. A Zapping é uma grande comunidade. 

Existem muitos produtos de streaming de vídeo, principalmente já que o conteúdo é praticamente infinito. Qualquer pessoa pode iniciar uma transmissão em escala global a qualquer minuto.

Nós estamos focados no mercado tradicional de TV linear, que as pessoas assistem, investem tempo, mas são muito maltratados pelos players do mercado (TVs a satélite e cabo ou suas extensões em streaming, ou até mesmo os produtos piratas).

Pedro, do Flamengo, comemora gol contra o Corinthians: esporte será estratégico para consolidação da Zapping no Brasil | Foto: Agência Brasil

Culturize-se: Com o advento do 5G, o streaming deve ficar ainda mais acessível para aparelhos móveis. Como a Zapping encara essa perspectiva?

Renato Baer Svirsky: A internet no Brasil já é bastante difundida, as redes móveis têm um alcance muito grande, assim como a internet banda larga. É possível acessar apps de vídeos de qualquer povoado pequeno do país. Não vejo que o 5G vai contribuir na acessibilidade. Ela já é quase plena. Hoje um vídeo demora menos de 100ms para chegar a qualquer lugar do Brasil. Não é um problema.

Penso que o 5G pode ser diferencial para possíveis funcionalidades para o usuário. Algo que não consigamos construir sobre uma base 4G. Mas como pensamos tudo primeiramente na tela grande, que já recebe um sinal de banda larga, não vejo muita diferença no produto devido ao 5G.

Culturize-se: Quais lições a empresa tira de sua atuação na América Latina para aplicar no Brasil? E o que entende que não deve ser replicado por aqui? 

Renato Baer Svirsky: Primeiro temos de fazer o básico bem feito. FuboTV caiu na semifinal da Copa do Mundo. DirectvGo caiu no jogo entre Flamengo e Corinthians na Libertadores. Em ambos os casos, as pessoas nem chegavam ao vídeo. Não foi falta de servidor porque o vídeo ia travar.

Não podemos deixar isso acontecer. Já temos 4 anos de experiência no Brasil e Chile, com Zapping e Guigo TV. As equipes técnicas são locais, estão em contato direto com os consumidores. Então a melhoria é contínua. 

Não podemos deixar de olhar localmente o produto. Cada país tem seus gostos e características. Somente replicar sem ouvir localmente, como fazem alguns competidores, não permite que os outros produtos sejam “a cara” de seus públicos.

Culturize-se: É possível adiantar preço, canais, planos e mais características da Zapping?

Renato Baer Svirsky: Ainda não. Divulgaremos assim que estivermos prontos. Está muito perto.

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