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Apple se movimenta para licenciar seus filmes

Reinaldo Glioche

Cena do filme Blitz
Saoirse Ronan em cena de “Blitz”, mais recente lançamento da Apple | Foto: Divulgação

A Apple deu um passo significativo em sua estratégia de entretenimento ao contratar Maria Ines Rodriguez, ex-executiva da Disney e NBCUniversal, para liderar os esforços de licenciamento de suas produções originais de filmes. Essa iniciativa visa aumentar a receita do negócio de filmes da Apple e ampliar a visibilidade do conteúdo do Apple TV+.

Embora a empresa esteja atualmente focada em licenciar seus filmes para plataformas de terceiros, como redes de TV estrangeiras e lojas digitais para aluguéis e compras, seus programas de TV originais permanecem exclusivos para seu serviço de streaming — pelo menos por enquanto.

Essa mudança ocorre em meio a um impulso maior por parte do CEO Tim Cook e do chefe de serviços Eddy Cue para melhorar o desempenho financeiro do Apple TV+. Apesar de investir bilhões em programação original e obter elogios da crítica, a plataforma de streaming tem enfrentado dificuldades para atrair grandes públicos ou gerar lucros.

Para expandir seu alcance, a Apple já disponibilizou seu serviço TV+ na Amazon, e acordos de licenciamento poderiam ainda apresentar seus filmes para espectadores fora do ecossistema Apple. Esses acordos alinham-se à abordagem tradicional de Hollywood de revender conteúdo para gerar receita adicional.

A mudança da Apple reflete uma tendência crescente na indústria de streaming. Players como Warne e Disney, que antes rejeitavam a ideia de licenciar seus conteúdos para terceiros, voltaram atrás. Hoje, apenas Netflix, Prime Video e a Apple não licenciam suas produções.

À medida que a competição se intensifica, a entrada da Apple no licenciamento pode marcar um passo crucial para equilibrar ambições criativas com sucesso comercial no cenário de entretenimento em evolução.

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