Reinaldo Glioche
Começa nesta quinta (17) a 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que segue até o dia 30 com cerca de 415 filmes de 82 países em 29 salas de cinemas, espaços culturais e CEUS espalhados pela capital paulista. A coluna Play tem destacado alguns longas brasileiros que vão figurar na programação, mas há muita coisa boa egressa de outros festivais mundo agora. Abaixo, um rápido panorama.
Do Festival de Veneza, o evento exibe “Vermiglio”, de Maura Delpero, vencedor do grande prêmio do júri; “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, prêmio de melhor roteiro; “Não Chore, Borboleta”, de Du’o’ng Diêu Linh, vencedor do prêmio de melhor filme da Semana da Crítica, “O Brutalista”, de Brady Corbet, que recebeu o Leão de Prata de melhor direção; “April”, de Dea Kulumbegashvili, vencedor do prêmio especial do Júri; “Happy Holidays”, de Scandar Copti, premiado com o Venice Horizons Award de melhor roteiro; ‘O Ano Novo que Nunca Veio”, de Bogdan Muresanu, vencedor do prêmio de melhor filme da seção
Horizontes.
De Cannes, além do vencedor da Palma de Ouro, “Anora”, de Sean Baker, serão exibidos “Tudo que Imaginamos Como Luz”, de Payal Kapadia, vencedor do grande prêmio do júri; “Grand Tour”, de Miguel Gomes, que recebeu o prêmio de melhor direção; “Os Malditos”, de Roberto Minervini, vencedor do prêmio de melhor direção da seção Um Certo Olhar.
Outros destaques
A Mostra Brasil conta com 60 filmes e o país cuja cinematografia ganha evidência é a Índia. Serão exibidos cerca de 30 longas indianos contemporâneos e clássicos para apresentar ao público brasileiro o Foco Índia, que inclui também a retrospectiva ao cineasta Satyajit Ray.
A Índia e seu cinema são muitos. Para além de Bollywood, termo que designa os filmes de estúdios produzidos em Bombaim, outras regiões do país, étnica e linguisticamente distintas, preferem filmar histórias locais e narrativas menos codificadas.
Como parte da programação dedicada ao cinema indiano, a Mostra também traz ao Brasil uma delegação da Índia formada por cineastas, produtores e atores contemporâneos e promove a masterclass A evolução do cinema e as mudanças sociais e culturais da Índia, com os jornalistas Florência Costa e Shobhan Saxena. A aula é gratuita e vai acontecer em 22 de outubro na Cinemateca Brasileira.
Os 100 anos de nascimento do italiano Marcello Mastroianni serão celebrados com a exibição de “Marcello Mio” (2024), de Christophe Honoré, exibido no Festival de Cannes. Cópias restauradas de seis filmes com o ator produzidos em diferentes países completam a homenagem pelo centenário: “Um Homem em Estado… Interessante” (1973), de Jacques Demy, “O Apicultor” (1986), de Theo Angelopoulos, “Olhos Negros” (1987), de Nikita Mikhalkov, “Três Vidas e Só uma Morte” (1996), de Raúl Ruiz, e “Viagem ao Princípio do Mundo” (1997), de Manoel de Oliveira.
A programação completa e outros detalhes podem ser conferidos no site da mostra.