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Rock in Rio aumenta presença brasileira em line-up pouco empolgante

Redação Culturize-se

A edição 2024 do maior festival de música da América Latina – e um dos maiores do mundo – foi no mínimo anticlimática. A edição comemorativa de 40 anos do Rock in Rio viu o festival implementar um inédito Dia Brasil, outro dedicado apenas às mulheres e tentar aumentar o prestígio do palco Sunset, o segundo em importância do evento, com nomes como Mariah Carey e Will Smith, e uma presença maior de artistas brasileiros – rendendo-se inclusive ao sertanejo.

Joss Stone apresentou um dos melhores shows do Rock in Rio 2024 | Foto: Rita Seixas

Esses esforços foram combinados a outras iniciativas midiáticas como Espaço Favela e Global Village, cujos propósitos, eram promover encontros musicais fora do radar pop, que predomina nos palcos principais, e iniciativas sustentáveis como operação de copos reutilizáveis em parceria com algumas marcas patrocinadoras.

O line-up, como já esperado, foi decepcionante. Nenhum show foi capaz de mobilizar a opinião pública para além da audiência já cativa do evento e as figurinhas carimbadas do festival não conseguiram sair da mesmice. Houve, também, um número dilatado de problemas. Do atrito com a produção de Ludmilla ao cancelamento da estreia de Luan Santana no festival por conta de atrasos da organização, o Rock in Rio 2024, no celeiro de playbacks que ofertou, deixou escapar a impressão de cansaço estrutural, mas também existencial.

Os melhores e piores shows

Em um festival caracterizado por playbacks, mesmo com menos pirotecnia do que no passado, artistas que demonstrem potência vocal, carisma e entrega saem ganhando e foi o caso, mais uma vez, da diva do soul Joss Stone, que ainda esbanjou conexão com um público que respondia à sua elegância performática. Foi o mesmo com a banda britânica Deep Purple, que mostrou boa adaptação às mudanças na formação e deu ao Rock in Rio sua necessária roupagem roqueira – ainda que brevemente.

A nostalgia também tomou conta do Palco Mundo quando Cindi Lauper, aos 71 anos, entregou um grande show sem apoiar-se em recursos técnicos e de produção que caracterizaram as apresentações de outras cantoras como Katy Perry e Karol G.

Já Mariah Carey fez o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira sem playback e com seus celebrados agudos.

Entre as piores aparições no festival, uma horda brasileira que passa por Ivete Sangalo, Luíza Sonza, Matuê, Planet Hemp e com menções desonrosas para os gringos Akon, Will Smith e Journey.

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