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Exposição em São Paulo discute ciclos da vida a partir do acervo da Pinacoteca

Redação Culturize-se

Esculturas do acervo da Pinacoteca
Auguste Rodin, Gênio do descanso eterno, entre 1899 e 1902; Advânio Lessa, Raízes mortas da natureza e cipó, da série Vida – 2015-2023; Waltercio Caldas, A emoção estética, 1977 | Foto: Divulgação

A Pinacoteca de São Paulo inaugura neste sábado (14) a exposição “A forma do fim: esculturas no acervo da Pinacoteca”. Sob curadoria de Yuri Quevedo, a mostra reúne aproximadamente 60 esculturas de diferentes períodos, explorando representações da passagem do tempo e dos ciclos da vida.

Até 4 de maio de 2025, o público poderá apreciar obras como “Gênio do descanso eterno” de Auguste Rodin, máscaras mortuárias do final do século XIX e início do XX, e a escultura “Raízes mortas da natureza e cipó” de Advânio Lessa, exposta pela primeira vez na Pinacoteca.

O curador destaca que a exposição demonstra como os artistas podem nos auxiliar a compreender nossa experiência do tempo, sua passagem e o que permanece. A mostra surge de um olhar sobre o acervo centenário da Pinacoteca, que conta com mais de 13 mil obras, das quais quase mil integram a exposição permanente “Pinacoteca: Acervo”.

A curadoria buscou identificar tendências históricas na coleção de esculturas, organizando o discurso a partir de elementos recorrentes. Um conjunto de máscaras mortuárias serve como ponto de partida, contrapondo-se a obras que representam a vida de maneira cíclica.

A exposição inclui obras de artistas como Lygia Clark, Kássia Borges, José Adário e Celeida Tostes, que propõem uma compreensão cíclica da vida e da arte. Trabalhos de Marcia Pastore, Hudinilson Jr. e Waltercio Caldas também estão presentes, explorando a presença e a experiência diante da arte.

O espaço expositivo apresenta uma diversidade de obras, desde uma escultura medieval do século XII até peças do período barroco brasileiro e esculturas modernistas. A Pinacoteca tem se empenhado em revisar títulos e identificar modelos representados nas obras, buscando recuperar identidades apagadas ao longo do tempo.

“Um dos aspectos mais interessantes da arte é a possibilidade de imaginar um futuro. Seja pensando criticamente as formas de vida. Seja para conceber nosso fim. Essa exposição mostra como artistas podem nos ajudar a entender a nossa experiência do tempo, sua passagem e aquilo que permanece”, enfatiza o curador.

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