Search
Close this search box.

“Alien: Romulus” recorre aos prelúdios para apontar futuro da série

Novo filme da franquia estabelece parâmetros para o futuro da saga, no cinema e no streaming, mantendo diegética dos filmes que vieram antes de maneira bem articulada. Atenção aos spoilers!

Redação Culturize-se

A franquia “Alien” retorna às telonas com “Alien: Romulus”, após um hiato de sete anos. Dirigido por Fede Alvarez, o filme marca uma mudança em relação aos recentes prelúdios de Ridley Scott, retornando a uma abordagem mais tradicional que remete aos filmes originais. Situado entre os eventos dos dois primeiros filmes da série, “Romulus” apresenta um novo elenco de personagens e uma história que soa tanto familiar quanto inovadora. O filme se desenrola como uma coletânea de grandes sucessos, homenageando a rica história da franquia, até que uma surpreendente reviravolta no terceiro ato introduz uma grotesca criatura híbrida que certamente provocará debates entre os fãs.

Cena de "Alien: Romulus"
Fotos: Divulgação

O híbrido, conhecido como Offspring (Descendente), é um aterrorizante amálgama de DNA humano, Xenomorfo e Engenheiro. Essa criação monstruosa surge quando Kay (interpretada por Isabela Merced), que está grávida, injeta em si mesma um composto chamado Z-01, desenvolvido pelo androide Rook. Em vez de salvá-la, o composto transforma sua gravidez em uma nova forma de vida horrível. Essa reviravolta, embora chocante, está profundamente enraizada no cânone da franquia, particularmente na mitologia estabelecida nos prelúdios de Scott, “Prometheus” e “Alien: Covenant”.

A introdução dos Engenheiros em “Prometheus” adicionou uma nova camada ao mito de “Alien”, revelando que esses seres quase divinos foram responsáveis por criar a humanidade e, indiretamente, os Xenomorfos. “Covenant” explorou ainda mais o mundo dos Engenheiros, com o androide David (Michael Fassbender) conduzindo experimentos macabros com esporos alienígenas, resultando em várias criaturas horríveis, incluindo o primeiro Xenomorfo verdadeiro. Esses filmes prepararam o terreno para a biologia distorcida vista em “Romulus”, onde a natureza maleável do esporo dos Engenheiros permite a criação do Offspring.

A decisão de Alvarez de incorporar elementos dos prelúdios não só vincula “Romulus” ao universo mais amplo de “Alien”, mas também continua a tradição da franquia de expandir os limites de sua própria mitologia. O Offspring é uma evolução natural, embora perturbadora, dos temas e ideias introduzidos nos filmes anteriores, mostrando como a franquia ainda pode surpreender e horrorizar seu público.

Filme que cativa

Cena do filme "Alien: romulus"

No entanto, “Alien: Romulus” não é apenas sobre híbridos grotescos e reviravoltas chocantes. O filme também entrega os clássicos sustos e tensões que os fãs esperam da série. Situado em 2142, entre os eventos de “Alien” e “Aliens”, a história segue uma nova protagonista feminina durona, Rain (interpretada por Cailee Spaeny), e seu parceiro androide, Andy (David Jonsson). Juntos, eles navegam por uma situação perigosa a bordo de uma estação espacial aparentemente abandonada, batizada com os nomes das figuras mitológicas Remo e Rômulo. Assim como nas edições anteriores, a tripulação deve enfrentar os Xenomorfos e Facehuggers que espreitam na nave.

Alvarez, conhecido por seu trabalho no reboot “Evil Dead” (2013) e “O Homem nas Trevas” (2016), traz sua expertise em criar suspense e ação de alto risco para “Romulus”. O filme apresenta cenas inventivas que jogam com o lore estabelecido da franquia, como o sangue ácido corrosivo dos Xenomorfos, que Alvarez utiliza em uma sequência desafiadora da gravidade que certamente se tornará uma das favoritas dos fãs. Apesar dos elementos familiares, Alvarez infunde o filme com energia suficiente para evitar que ele se pareça apenas com uma repetição das glórias passadas.

Deixe um comentário

Posts Recentes