Redação Culturize-se
Os consumidores chineses têm bastante dinheiro, mas não estão gastando o suficiente. Essa questão tem implicações significativas para o crescimento econômico do país. Nos EUA, taxas de poupança mais altas são vistas como um sinal de consumidores saudáveis. Na China, no entanto, são um lembrete da demanda fraca que está restringindo o crescimento.
A China há muito tempo possui uma das maiores taxas de poupança do mundo, refletindo a fraca rede de segurança do país. O que é diferente agora é o sentimento deprimido. Durante anos, o setor imobiliário ajudou a impulsionar o crescimento, mas agora está em colapso, reduzindo a riqueza das famílias.
Apesar de as poupanças domésticas fortes ajudarem a financiar subsídios governamentais para o setor de manufatura, a China enfrenta reações adversas de concorrentes globais, incluindo os EUA. A produção nas fábricas da China continua robusta, mas a demanda pela produção do país está fraca. Até o governo reconhece que a demanda doméstica continua “insuficiente”.
Em junho, as vendas no varejo da China subiram apenas 2% em relação ao ano anterior. Outros sinais de demanda fraca incluem preços que mal aumentam e importações em queda, mesmo com as exportações disparando. O crescimento da renda das famílias está superando os gastos, com a renda disponível per capita aumentando 5,4% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A economia da China cresceu 4,7% no último trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionada principalmente pela manufatura. Isso provocou a ira de nações que afirmam que a China está produzindo mais do que sua economia pode absorver.
Olhando para o futuro, autoridades chinesas estão se reunindo para o terceiro plenum esta semana. Essas reuniões, realizadas a cada cinco anos, se concentram em reformas de longo prazo e já resultaram em mudanças significativas na política econômica, como o afrouxamento da política do filho único em 2013.
Economistas enfatizam a necessidade da China aumentar o consumo e reduzir a poupança. O desafio para o país é estimular a demanda doméstica para garantir um crescimento econômico sustentado.