Redação Culturize-se
Denzel Washington, com quem Glen Powell trabalhou em “O Grande Desafio” de 2007, uma vez deu a ele um conselho que ele sempre lembra: “você está correndo sua própria corrida. Não olhe para as outras pistas”. Esse conselho moldou profundamente a abordagem de Powell em sua carreira, instilando nele um impulso incansável para ter sucesso em seus próprios termos.
Apesar do brilho inicial de Hollywood, a jornada de Powell para o estrelato esteve longe de ser glamorosa. Começando no Texas, onde foi eleito o mais provável a se tornar uma estrela de cinema no ensino médio, Powell teve seu primeiro gostinho da indústria aos 13 anos com um pequeno papel em “Pequenos Espiões 3”, dirigido pelo também texano Robert Rodriguez. Sua carreira inicial foi marcada por pequenos papéis e quase acertos, mas um ponto de virada veio com sua participação em “Endurance 2”, uma série de competição no estilo Survivor. Apesar de ser eliminado no primeiro episódio, essa experiência aumentou sua confiança e capacidade atlética.
Depois do ensino médio, Powell fez um teste para “O Grande Desafio”, impressionando Denzel Washington o suficiente para ser escalado como um debatedor de Harvard. Esse papel o apresentou ao agente Ed Limato, que se tornou um mentor crucial. Incentivado por Limato e Washington, Powell mudou-se para Los Angeles, equilibrando audições com trabalhos variados. Seus primeiros anos em LA foram difíceis, marcados por testes incessantes e autorrepresentação, frequentemente filmando audições não solicitadas e ligando para diretores de elenco. Essa persistência, alimentada por seu amor genuíno por filmes, eventualmente levou ao seu grande momento com um papel em “Os Mercenários 3”.
A carreira de Powell começou a ganhar tração com performances notáveis em “Estrelas Além do Tempo” e “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” de Richard Linklater. Este último mostrou seu charme e sagacidade rápida, marcando um ponto de virada em sua carreira. Esse papel coincidiu com uma mudança em Hollywood em direção a protagonistas mais relacionáveis e falíveis, exemplificados pelo Senhor das Estrelas de Chris Pratt. Powell encontrou seu nicho nesse cenário em evolução, combinando uma aparência tradicionalmente atraente com um comportamento bobo e acessível.
Levantando voo
Apesar desses sucessos, o momento definidor da carreira de Powell chegou com “Top Gun: Maverick”. Inicialmente concorrendo ao papel de Rooster, que foi para Miles Teller, Powell impressionou Tom Cruise o suficiente para ser oferecido o papel de Hangman. Inicialmente, Powell estava hesitante, pois o personagem parecia unidimensional. No entanto, seu compromisso com uma narrativa de qualidade levou a uma reinvenção de Hangman, tornando o papel mais substancial. O contato com Cruise desempenhou um papel significativo no desenvolvimento de Powell, ensinando-lhe a importância de escolher grandes projetos e tornar os papéis impactantes.
A pandemia atrasou o lançamento de “Top Gun: Maverick”, colocando pressão financeira sobre Powell. No entanto, a espera valeu a pena, pois o filme se tornou um enorme sucesso, arrecadando US$ 1,5 bilhão mundialmente e consolidando o status de Powell como uma estrela em ascensão. Durante esse período, Powell também trabalhou em “Hit Man”, um projeto que ele levou a Linklater, mostrando seus talentos como ator e escritor.
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O sucesso recente de Powell na comédia romântica “Todos Menos Você”, ao lado de Sydney Sweeney, solidificou ainda mais seu status de protagonista. O sucesso de bilheteria do filme, impulsionado em parte pela química deles na tela e rumores fora dela, demonstrou a capacidade de Powell de atrair público. Esse novo reconhecimento levou a uma enxurrada de ofertas de grandes estúdios, mas Powell permanece seletivo, visando criar filmes com impacto cultural em vez de buscar ganhos fáceis.
À medida que a carreira de Powell decola, ele permanece ligado às suas raízes texanas e à família próxima. Ele planeja voltar para o Texas, equilibrando seus compromissos profissionais com o desejo de uma vida mais autêntica e privada. Esse movimento, aconselhado pelo também texano Matthew McConaughey, reflete a necessidade de Powell de separar a “Matrix” de Hollywood de sua vida real. As escolhas de carreira de Powell são guiadas pelo desejo de trazer diversão e autenticidade aos seus papéis, evitando projetos que não se alinhem com sua visão. Ele recusou vários projetos de alto perfil, incluindo uma sequência de Bourne e um reboot de Jurassic Park, porque sentiu que sua presença não agregaria valor. Em vez disso, Powell se concentra em projetos que realmente o entusiasmam e ressoam com o público.
A carreira de Powell continua a ascender com projetos como “Twisters”, que estreia em julho, uma sequência do filme de ação dos anos 90 “Twister”, e uma série de TV do Capitão Planeta produzida por Leonardo DiCaprio. Apesar de sua fama crescente, Powell permanece com os pés no chão, frequentemente refletindo sobre sua jornada e os conselhos de mentores como Washington e Cruise. Ele entende que o sucesso em Hollywood requer uma combinação de talento, persistência e um pouco de sorte, e está pronto para aproveitar todas as oportunidades que surgirem.