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Jesse Eisenberg e o Clube da Luta

Reinaldo Glioche

Que um filme como “Clube da Luta”, o cult maldito de David Fincher, exerça influência até os dias de hoje não é exatamente uma novidade. Que surjam filmes que dialoguem ou se referenciem no longa estrelado por Edward Norton e Brad Pitt em 1999 é um atestado da grandeza daquele longa cheio de potencialidades filosóficas.

Jesse Eisenberg em cena de "Manodrome"
Jesse Eisenberg em cena de “Manodrome” | Foto: Divulgação

E aí temos o caso de Jesse Eisenberg. O ator americano foi indicado ao Oscar em 2011 por um filme de David Fincher, “A Rede Social”, em que deu vida ao magnata da era das redes sociais, Mark Zuckerberg. Essa é apenas uma curiosidade, já que o ponto aqui é registrar como de quando em quando o ator, afeito a interpretar tipos introspectivos – como o próprio Zuckerberg – flerta com o legado do cult de Fincher.

Em 2019 ele estrelou um pequeno filme independente chamado “A Arte da Autodefesa”, em que faz um sujeito que depois de ser agredido se alista com um sensei nada convencional para aprender a se defender. Aquele filme regurgita muitas das ideias de “Clube da Luta”, sem a mesma retidão e engenho.

Agora em novembro, Eisenberg estreia, nos cinemas e em VoD nos EUA, “Manodrome”, outro longa que o coloca como um tipo introspectivo e infeliz que entra para um clube em que a violência é uma espécie de emancipação. Adrien Brody divide o protagonismo com ele.

Ambientado em uma cidade em ruínas, não nomeada, no Nordeste dos EUA,o longa tem Jesse Eisenberg, atuando de forma atípica, como um fortão emocionalmente reprimido que se junta a um culto de homens celibatários. O diretor é John Trengrove. As subculturas em “Manodrome” são aparentemente fictícias, mas, mesmo que exageradas, não deixam de ser plausíveis e repletas de intrigas; estabelecendo um diálogo franco com “Clube da Luta” na temporalidade e na essência, mas fundamentalmente no propósito.

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